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Nordeste

São Luís: morre menina queimada durante ataques

Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, morreu às 6h30 desta segunda-feira, depois de ter sofrido queimaduras graves durante os ataques a ônibus em São Luís, no Maranhão, na sexta-feira à noite; ela teve 95% do corpo queimados e estava internada em estado grave; sua irmã, de 1 ano e 5 meses, continua internada e seu estado de saúde é estável

Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, morreu às 6h30 desta segunda-feira, depois de ter sofrido queimaduras graves durante os ataques a ônibus em São Luís, no Maranhão, na sexta-feira à noite; ela teve 95% do corpo queimados e estava internada em estado grave; sua irmã, de 1 ano e 5 meses, continua internada e seu estado de saúde é estável (Foto: Gisele Federicce)
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Andreia Verdélio
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, morreu nesta segunda-feira 6 às 6h30. Ela sofreu queimaduras graves durante os ataques a ônibus em São Luís, na sexta-feira (3) à noite.

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Segundo informações do Hospital Estadual Juvêncio Matos, a paciente teve 95% do corpo queimados e estava internada em estado grave na UTI Pediátrica. Ainda segundo o hospital, a irmã de Ana Clara, de 1 ano e 5 meses, continua internada e seu estado de saúde é estável. Ela teve queimaduras em 20% do corpo, nas pernas e no braço. As duas estavam com a mãe em um dos ônibus incendiados. Juliane Carvalho Santos, de 22 anos, que teve 40% do corpo queimados, também continua internada no Hospital Tarquinio Lopes Filho, em São Luís.

A polícia do Maranhão deteve dez pessoas envolvidas nos ataques, entre elas dois adolescentes. Na avaliação das autoridades maranhenses, os ataques foram uma reação às medidas adotadas para combater a criminalidade nas unidades prisionais da capital, que receberam o reforço da Polícia Militar no fim de dezembro.

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A crise prisional no estado veio à tona em outubro, quando houve uma rebelião no Complexo de Pedrinhas, deixando nove mortos e 20 feridos. O Complexo Penitenciário de Pedrinhas já registrou duas mortes de detentos este ano.

Ainda hoje, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, deve prestar informações ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre a situação dos presídios no estado.

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Quatro vítimas de ônibus incendiado no Maranhão continuam internadas

Quatro vítimas do ataque a um ônibus que foi incendiado em São Luís, na última sexta-feira (3), continuam internadas em hospitais da capital maranhense. Entre elas estão a irmã e a mãe da menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, a quinta vítima do ataque, que teve 95% do corpo queimados e morreu essa manhã.

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O caso mais grave é o de Márcio Ronny da Cruz Nunes, 37 anos. Ele teve 72% do corpo queimados, segundo relato de testemunhas, ao tentar ajudar as outras vítimas a deixarem o ônibus. Segundo o diretor do Hospital Estadual Tarquínio Lopes Filho, Luiz Alfredo Soares Júnior, o paciente está internado na UTI e respira com a ajuda de aparelhos. Ele será submetido nas próximas horas a um exame de broncoscopia. A suspeita é que Nunes tenha inalado muita fumaça ou sofrido queimaduras no trato respiratório.

A irmã de Ana Clara, Lorane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, está internada no Hospital Estadual Infantil Juvêncio Matos em um leito isolado da enfermaria pediátrica. Lorane teve 20% do corpo queimados, principalmente as pernas e o braço esquerdo. Seu quadro é considerado estável. Já a mãe das crianças, Juliane Carvalho Santos, sofreu queimaduras em 40% do corpo. Juliane respira sem a ajuda de aparelhos e seu quadro também é considerado estável, embora, segundo Júnior, o estado de saúde dela ainda exija atenção.

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A terceira vítima internada no Hospital Tarquínio Lopes Filho é Abiancy Silva dos Santos, de 35 anos. Ela sofreu queimaduras de segundo grau nos membros superiores, mas está estável e clinicamente bem após ter sido submetida a procedimentos cirúrgicos. A expectativa é que Abiancy receba alta ainda esta semana.

No total, quatro ônibus foram incendiados por homens armados na sexta-feira. Duas delegacias foram atingidas por tiros. As autoridades estaduais associam a onda de ataques ao início de ações do governo estadual para retomar o controle do Complexo Penitenciário de Pedrinhas e de outros estabelecimentos prisionais. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, ao menos 60 detentos foram mortos em presídios maranhenses durante 2013.

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