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Sobe para seis o número de presos mortos no MA em 2014

Nesse sábado (1º), mais um detento foi encontrado morto no Centro de Dentenção Provisória, que integra o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís; o corpo de Pedro Elias Martins, 31 anos, estava num canto de uma cela, com marcas de estrangulamento, segundo o Instituto de Criminalística; segundo levantamento do CNJ, do início de 2013 até ontem, com mais essa morte, 64 presos foram assassinados no sistema prisional maranhense

Penitenciaria de Pedrinhas (Foto: Itevaldo Junior)

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MARANHÃO 247 - Já chega a seis o número de presos mortos no sistema prisional do Maranhão. Mais um detento foi encontrado morto nesse sábado (1º) à tarde no interior do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Pedro Elias Martins Viegas, 31 anos, que cumpria pena por tráfico de drogas, foi estrangulado dentro de uma cela no Centro de Detenção Provisória (CDP).
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (SEJAP), a Polícia Civil está investigando o caso. De acordo com informações do Instituto de Criminalística (Icrim), o corpo foi encontrado no canto de uma das celas do CDP, sentado em cima de um balde com marcas de esganadura no pescoço. A perícia suspeita que a vítima estava sedada e foi enforcada com um fio, mas reitera que somente a autópsia pode confirmar as hipóteses.
Pedro Viegas é o quarto detento de Pedrinhas a ser morto desde o início do ano. Com isso, se forem levados em conta os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), segundo a Agência Brasil, chega a 64 o total de detentos assassinados em Pedrinhas desde o início de 2013. Mais duas mortes foram registradas nos últimos dias no Centro de Ressocialização de Presos de Santa Inês, no interior do estado, e na Central de Custódia de Presos de Justiça do Anil, em São Luís, totalizando seis mortes este ano em todo o sistema prisional do Maranhão.
No segundo dia do ano, a Sejap confirmou duas mortes: o corpo de Sildener Pinheiro Martins, 19 anos, foi encontrado em uma cela do Centro de Detenção Provisória. Já o corpo de Josivaldo Pinheiro Lindoso, de 35 anos, estava no Centro de Triagem, para onde tinha sido levado apenas dois dias antes, quando foi detido, e apresentava evidências de estrangulamento. Em 21 de janeiro, a secretaria confirmou a morte, por enforcamento, de Jô de Souza Nojosa, que cumpria pena no Centro de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ), de Pedrinhas.
Ainda nesse sábado (1º), de acordo com informações repassadas ao G1 MA, um grupo de presos serrou as grades as grades de uma cela e tentou fugir do Pavilhão da Reflexão do Presídio São Luís I, que pertence ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A fuga foi frustrada pelos policiais do Batalhão de Choque da PM que estão no presídio desde dezembro do ano passado, após ter sido decretado estado de emergência no sistema prisional do estado. Na época, uma rebelião deixou nove mortos e ao menos 20 feridos. A pedido do governo estadual, policiais da Força Nacional de Segurança Pública também auxiliam na segurança dos estabelecimentos prisionais da região metropolitana de São Luís, entre eles, Pedrinhas.
Na virada do ano, a rivalidade entre as diferentes facções criminosas que disputam o controle pelo tráfico de drogas e a violência acabaram transpondo os muros do complexo penitenciário, chegando às ruas da capital maranhense de forma mais intensa e organizada, sob a forma de ataques a ônibus e delegacias. Em um dos ônibus incendiados estava a menina Ana Clara Santos Sousa, de seis anos, que morreu no dia 6 de janeiro em decorrência das queimaduras que sofreu.

 

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