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Nordeste

“Todos os golpes atacam a Educação, assim tem sido”, diz professora da UFRPE

Érika Suruagy falou no 4º Encontro de Assinantes do 247, em Olinda, sobre os ataques do governo Bolsonaro às universidades públicas; “A gente tem um quadro de um ataque feroz, desde a campanha do candidato Bolsonaro, à Educação, em especial às universidades públicas”, disse a professora; Suruagy também rebateu mitos espalhados pelo governo sobre universidades públicas; assista

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247 - A professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e presidente do sindicato dos professores da Universidade, Érika Suruagy, comentou no 4º Encontro de Assinantes do 247, em Olinda, os recorrentes ataques do governo de Jair Bolsonaro às universidades públicas. Ela também rebateu mitos espalhados pelo governo sobre as universidades.

Suruagy ressaltou que as universidades sempre tiveram papel importante na defesa da democracia e que, desde sua campanha eleitoral pela presidência em 2018, Bolsonaro já fazia ataques às universidades públicas. “A gente tem um quadro de um ataque feroz, desde a campanha do candidato Bolsonaro, à Educação, em especial às universidades públicas. Vocês devem se recordar da luta e da resistência das universidades públicas contra o golpe de 2016, foram mais de 80 comitês nas universidades contra o golpe  em defesa da democracia”. 

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O primeiro mito refutado pela professora foi sobre as universidades serem de esquerda. Érika Suruagy salientou que as universidades são espaços de diversidade e de reflexão crítica. “Um dos mitos colocados é que a universidade é de esquerda, a universidade é de esquerda, é de direita, tanto que esses vários quadros, destes que estão aí inclusive no ministério da Educação, são professores das universidades públicas. Então temos uma diversidade dentro da universidade, contudo, a universidade é um locus da produção do conhecimento, como eles vivem da mentira, do obscurantismo, a universidade tem a possibilidade de quebrar isso através da educação e da reflexão crítica. É um espaço no qual a esquerda se organiza e disputa o campo das ideias, mas também um espaço no qual a direita se organiza e está presente. É importante quebrar esses mitos em relação a universidade”. 

Ela também relacionou o projeto Escola Sem Partido com a criminalização da atividade do professor. “Outra questão é a criminalização da atividade docente. Está no projeto Escola Sem Partido algo muito nefasto e que tem sido utilizado inclusive em outros países para criminalizar a atividade do professor. O Escola Sem Partido é um projeto muito bem elaborado e pensado, que já vem há muito tempo sendo gestado e que está, obviamente, sendo combatido por nós, pelos nossos organismos e impedindo que nos municípios sejam aprovadas leis semelhantes, mas está ali o germe. Todos os golpes atacam a Educação, assim tem sido, criminalizar a atividade docente faz parte de poder manter esse projeto de dominação. Não é apenas uma mudança de governo, é uma mudança de regime”.

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Sobre a declaração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, de que haveria “balbúrdia” nas universidades, a professora afirmou que o discurso tem o objetivo de desqualificar o setor. “Outro mito é que a universidade é um espaço de balbúrdia, um espaço de promiscuidade, de gente pelada, isso tem sido propagado com vídeos muito bem elaborados. Estou há muitos anos como professora de universidade e nunca tive aluno pelado, mas esse é um discurso e uma forma de desqualificação para poder privatizar a universidade”.

Érika Suruagy também falou sobre as universidades serem ocupadas pela elite brasileira.  “Outro elemento que está posto é dizer que a universidade pública é para a elite, que quem está na universidade pública pode pagar a universidade. Temos pesquisas recentes de que a cada 3 estudantes de universidades federais, 2 advém da escola pública. Chamo a reflexão: qual é a renda familiar destes dois que entram? Um salário mínimo e meio. Ou seja, a universidade pública brasileira não é para a elite brasileira”.  

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