Turista é preso em Maceió após chamar policial de “nordestino nojento”
Segundo a corporação, o jovem dirigiu ao policial expressões de cunho preconceituoso e acabou autuado por injúria racial
247 - Um turista de 24 anos, natural de Poços de Caldas (MG), foi preso pela Polícia Civil de Alagoas após ofender um agente da Operação Litorânea Integrada (Oplit) durante uma abordagem na orla de Maceió. A informação foi divulgada pelo Metrópoles, que detalhou o episódio ocorrido na noite de sábado (29/11), na região da Praia da Pajuçara.
Segundo a corporação, o jovem dirigiu ao policial expressões de cunho preconceituoso e acabou autuado por injúria racial — crime que, desde a Lei nº 14.532/2023, passou a ser equiparado ao de racismo, com pena de reclusão de um a três anos, além de multa. A situação teve início após denúncias de moradores sobre uma briga na orla. Equipes da Oplit foram ao local e iniciaram o procedimento de abordagem padrão.
De acordo com o relato policial, um dos envolvidos resistiu às ordens e se recusou a ser revistado. Após ser contido, o agente orientou o rapaz a permanecer em silêncio para prosseguir com a revista. O turista, no entanto, reagiu dizendo que o policial deveria “abordar nordestino”, alegando ser mineiro. Em seguida, elevou o tom e disparou a frase que motivou a prisão: “não toque em mim, seu nordestino nojento”.
Diante da injúria, os agentes deram voz de prisão. O homem voltou a resistir, foi contido com o uso proporcional da força e algemado. Antes de ser encaminhado à Central de Flagrantes, passou por avaliação na UPA Santa Lúcia, onde, segundo o registro oficial, fez novas ameaças ao policial, afirmando que tomaria “providências” para se vingar.
Já na delegacia, durante o procedimento de identificação, o suspeito reforçou as intimidações, mantendo o comportamento hostil. O caso será investigado pela Polícia Civil de Alagoas.
A Oplit e a PC/AL destacam que ofensas relacionadas à origem — como direcionar insultos ao fato de alguém ser nordestino — são consideradas injúria racial e, portanto, tratadas com o mesmo rigor do crime de racismo. As autoridades reforçaram que a conduta será apurada e encaminhada à Justiça.
