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Sudeste

“A gente já esperava essa chacina, só não sabia quando ia ser. É vingança”, diz moradora de Paraisópolis

A produtora cultural Glória Maria, moradora de Paraisópolis (SP), afirmou à TV 247 que os moradores da comunidade já haviam notado uma mudança na atitude da PM semanas antes da ação que resultou na morte de nove jovens. “Já eram os boatos que estavam rolando, já era a forma como a Polícia abordava aqui, já eram os policiais invadindo casa de moradores, então já era esperado”, disse. Assista

Glória Maria e Paraisópolis
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247 - Produtora cultural, co-fundadora do coletivo Batalha do Paraisópolis e moradora da comunidade, a jovem Glória Maria disse em entrevista à TV 247 que o massacre que vitimou nove jovens em um baile funk no último final de semana já era esperado. Ela contou que havia ocorrências de invasões da PM a casas de moradores e que a ação policial foi uma vingança da corporação.

Glória afirmou que outras ações da Polícia Militar na área da favela já evidenciavam que uma verdadeira matança ocorreria e que, segundo ela, era questão de tempo. “A gente já esperava essa chacina. Já eram os boatos que estavam rolando, já era a forma como a Polícia abordava aqui, já eram os policiais invadindo casa de moradores, então já era esperado, a gente só não sabia quando ia ser”.

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Ela disse também que a ação foi uma vingança da PM, mesmo que a instituição e o governador do estado, João Doria, neguem. “É uma vingança, sabe? Uma das coisas que eu vi o Doria e o representante da Polícia Militar falando é que não era vingança, sendo que é, a gente já estava atento a isso”.

Há relatos de que policiais militares passaram a ameaçar moradores de Paraisópolis após um agente ter morrido durante uma ação na região. Desde então, as operações da PM no local passaram a ser diárias, com bloqueios de ruas, revistas de pessoas, entradas em casas e comércios, além de ameaças. “Vamos tocar o terror em Paraisópolis” passou a ser um refrão usado por muitos deles.

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A jovem ressaltou também que os eventos e bailes funk de Paraisópolis, como o baile da DZ7, onde ocorreu a chacina, têm sua importância econômica, já que a festa movimenta o comércio local. “É bom lembrar que o baile é um local de comércio também. Tem muito pai de família que vive do baile, é um trabalho informal, a gente não tem emprego e então a gente improvisa da maneira que dá. Tem gente que trabalha de quinta à domingo ali no baile vendendo bebida, comida, balinha, então o baile também gera uma economia muito grande aqui dentro, é muito importante”.

Inscreva-se na TV 247 e assista à entrevista na íntegra:

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