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"A nossa briga para fazer política é diária", afirma Erika Hilton

Em entrevista ao economista Eduardo Moreira, a vereadora de São Paulo, Erika Hilton, foi a mulher mais bem votada em 2020 em todo o país, a mais votada do PSOL, falou do desafio de ser a primeira trans eleita para a Câmara Municipal paulistana, com mais de 50 mil votos

Érika Hilton (Foto: Reprodução/Facebook)
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Instituto Liberta - Negra e transexual, Erika foi a mulher mais votada em todo o país e também entrou no "top 10" das vereadoras mais votadas no primeiro turno das eleições municipais, no dia 15 de novembro. Os nove primeiros, como era de se esperar, eram homens.

Esse resultado - a primeira mulher transexual eleita para o conselho municipal da capital econômica do país - é um sinal de que estamos avançando, embora lembrando que o feito está rodeado de "paradoxos".

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A vereadora participou da live diária do economista Eduardo Moreira, fundador do Instituto Conhecimento Liberta, na semana da Visibilidade Trans.  Erika falou, principalmente, dos seus desafios na Câmara Municipal paulistana para a construção do movimento transgênero, seja na militância social ou na vida política.

“A nossa briga para fazer política é diária. Existe um padrão a ser ocupado naquele lugar. Claro que é sempre um padrão branco, masculino, cis, heteronormativo, misógino, patriarcal, e as mulheres sentem isso. Mas sentem muito menos do que uma travesti negra. Porque temos a questão racial, de gênero, de classe. Então, tudo isso se transforma em um combo para tentar me oprimir, de dificultar o meu trabalho e mostrar que aquele espaço não é meu.”

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Mas Erika é boa de briga. Na lista das muitas brigas que travou ao longo dos seus 27 anos, assumir uma cadeira no legislativo é apenas mais uma em uma vida feita de muitas vitórias até agora.  “Eu tenho convicção, pelos mais de 50 mil votos que me foram dados, de que aquele espaço não é só meu, mas de que falei um belo trabalho levando diferença tanto para a cidade de São Paulo quanto para as pautas que defendo e também para a Câmara Municipal.”

Por fim, a vereadora afirmou que a luta não vai parar. “Que eu possa ser uma porta de abertura para que outras possam vir e que seja cada vez mais normal e natural que nós, mulheres trans, com suas estéticas, ocupemos os espaços de poder. A política não é um espaço restrito de homens filhos de outros políticos que vêm de passando de geração em geração nessas oligarquias horrorosas que acontecem no nosso país.”

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