Acusado no caso Marielle sugere participação de delegado que não consta no inquérito da PF

247 - Durante uma audiência na Vara Especializada em Organizações Criminosas do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, possíveis novas revelações sobre o caso Marielle Franco surgiram, trazendo à tona o nome de um delegado até então não mencionado no processo.

De acordo com informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Élcio Queiroz, Ronnie Lessa e Maxwell Corrêa, conhecido como Suel, foram ouvidos por videoconferência, cada um em um presídio federal diferente. O trio é acusado de envolvimento direto no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além de responderem a um processo relacionado à lavagem de dinheiro.

Durante a audiência, um momento de tensão ocorreu quando Aline Siqueira, esposa de Maxwell Corrêa, pediu permissão ao juiz Bruno Vaccari para conversar com seu marido. Após concessão, o diálogo foi interrompido abruptamente antes do previsto.

Aline informou a Maxwell sobre a operação da Polícia Federal ocorrida no domingo, resultando na prisão de dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Surpreendentemente, Maxwell questionou sobre o delegado Daniel Rosa, sugerindo sua possível participação. "E o delegado Daniel Rosa?", indagou. Sua esposa respondeu: "esse não". Suel, então, retrucou: "Então, ele fugiu, né?"

Daniel Rosa foi chefe da Delegacia de Homicídios durante o período em que a investigação sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes estava em curso, em 2019, sendo substituído em setembro de 2020. O nome de Rosa não consta no relatório da PF que embasou a decisão do ministro Alexandre de Moraes em ordenar a operação do último domingo.