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Sudeste

Jovem de 21 é intubada em Araraquara e prefeito adverte sobre nova onda da Covid: "tsunami que causará um genocídio"

O país inteiro está virando Manaus, onde faltou oxigênio e as pessoas morreram por falta de ar", diz Edinho Silva, prefeito de Araraquara. "A nossa geração vai ver cenas que nunca imaginou na vida. Será uma tragédia"

(Foto: Prefeitura de Araraquara)
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247 - O Brasil vive uma situação dramática com a propagação das novas variantes da Covid-19. O elerta é do prefeito dacidade de Araraquara, Edinho Silva. A cidade do interior paulista registrou nesta quinta (4) a internação de uma mulher de 21 anos e de um outro homem, de 26 anos, por causa da Covid-19. Os dois estavam em estado grave e foram intubados. A informação é da jornalista Mônica Bergamo, em siua coluna no jornal Folha de S.Paulo. 

Edinho diz que a nova cepa do coronavírus que passou a circular na cidade segue alcançando cada vez mais pessoas jovens, em uma situação dramática que não era comum no ano passado.

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Segundo ele, em 2020 apenas uma pessoa de menos de 40 anos morreu em Araraquara vítima da Covid-19. Só em fevereiro e março, já foram registrados os óbitos de dez pessoas nessa faixa etária até agora.

Para conter a explosão de casos na cidade, e evitar o colapso completo do sistema de saúde, Edinho Silva decretou lockdown total em Araraquara, com a restrição completa de mobilidade das pessoas. "O país inteiro está virando Manaus, onde faltou oxigênio e as pessoas morreram por falta de ar", diz ele. "A nossa geração vai ver cenas que nunca imaginou na vida. Será uma tragédia", afirma.

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Leia também matéria da Prefeitura de Araraquara sobre o assunto:

Cepa de Manaus já é predominante em Araraquara

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A variante do coronavírus denominada P.1., conhecida como a cepa de Manaus, já é a predominante em Araraquara, segundo informações da Agência Fapesp. Mais de 80% dos casos de Covid-19 analisados pelo Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (IMT-USP) foram causados pela P.1, variante considerada duas vezes mais transmissível que a anterior (linhagem B.1.128).

Segundo dados preliminares do estudo, 53 de 57 amostras coletadas entre 25 de janeiro e 23 de fevereiro continham a cepa P.1., o que representa 93%. Em outra análise mais ampla, com mais amostras, 66 de 80 positivados para Covid-19 em Araraquara eram da P.1. (82%), de acordo com a Vigilância em Saúde.

O trabalho integra um projeto apoiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), cujo objetivo é avaliar a transmissão domiciliar do SARS-CoV-2 em Araraquara.

“Até 17 de fevereiro, ainda encontramos alguns casos de infecção por outras linhagens. A partir daí foi tudo P.1. Desenhamos um novo ensaio de RT-PCR, similar ao que é usado para diagnóstico, mas capaz de diferenciar quais casos positivos de Covid-19 estão relacionados à linhagem P.1.”, explicou Camila Romano, coordenadora da investigação, à Agência Fapesp.

“Ainda não sabemos quando exatamente a P.1. entrou em Araraquara e estamos analisando amostras mais antigas para tentar descobrir. Mas os dados que temos até agora sugerem que também nessa cidade ela se tornou a mais prevalente em menos de dois meses. É incomum uma linhagem emergente substituir completamente outra já estabelecida em tão pouco tempo, ainda mais quando há um foco epidêmico ativo e um grande número de indivíduos já infectados. É assustador e mostra o poder desse vírus”, concluiu Camila Romano.

A circulação da nova cepa do vírus aumentou de forma expressiva o número de casos, internações e óbitos por Covid-19 no início deste ano em Araraquara, o que levou a taxa de ocupação dos leitos de UTI e enfermaria a atingir 100% e fez com que a Prefeitura endurecesse as medidas de isolamento social, com o lockdown.

O número de casos de Covid-19 neste ano em Araraquara já se aproxima do registrado no ano passado todo, quando a estrutura montada pelo município controlou o avanço da doença: 6.758 casos em 2021 (até esta quinta-feira) contra 8.327 em 2020. Em relação aos óbitos, houve aumento expressivo: 92 em 2020 e 132 neste ano, sendo 89 deles somente em fevereiro.

As autoridades de saúde também detectaram uma mudança no perfil das internações, com pacientes mais novos também tendo agravamentos e precisando de UTIs — fato que está se repetindo em outros municípios e é alertado pelas autoridades nacionais de saúde.

Das 89 mortes pela doença no mês de fevereiro, 34 delas foram de pessoas abaixo de 60 anos (38%). No ano passado inteiro, 17 dos 92 óbitos foram de pessoas não idosas, o que representou 18%. Essa mudança de perfil é sinalizada pelos profissionais de saúde do município desde o final de janeiro, quando a nova cepa ainda era uma suspeita e não estava confirmada.

Com a circulação das novas variantes, o Brasil chegou ao pior momento da pandemia, com a confirmação recorde de mais de 1.800 mortes causadas pelo coronavírus em 24 horas, na última quarta-feira (3).

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