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      Ato em frente ao antigo Dops do Rio lembra Dia Contra a Tortura

      Um ato político neste sábado em frente ao prédio do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), no Rio de Janeiro, marcou o Dia Internacional de Luta Contra a Tortura; os militantes pedem a transformação do imóvel em um espaço de memória da resistência e não no futuro museu da Polícia Civil, finalidade para a qual está sendo reformado; o prédio do Dops recebeu centenas de presos políticos desde sua construção, em 1910, para sediar a Repartição Central de Polícia; mas foi durante a ditadura militar que ele se transformou em um dos principais aparelhos de repressão e tortura do regime

      Um ato político neste sábado em frente ao prédio do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), no Rio de Janeiro, marcou o Dia Internacional de Luta Contra a Tortura; os militantes pedem a transformação do imóvel em um espaço de memória da resistência e não no futuro museu da Polícia Civil, finalidade para a qual está sendo reformado; o prédio do Dops recebeu centenas de presos políticos desde sua construção, em 1910, para sediar a Repartição Central de Polícia; mas foi durante a ditadura militar que ele se transformou em um dos principais aparelhos de repressão e tortura do regime (Foto: Romulo Faro)
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      Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil

      Um ato político neste sábado (27) em frente ao prédio do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), no Rio de Janeiro, marcou o Dia Internacional de Luta Contra a Tortura. A data é lembrada todo dia 26. Os militantes reivindicaram a transformação do imóvel em um espaço de memória da resistência e não no futuro museu da Polícia Civil, finalidade para o qual está sendo reformado.

      O prédio do Dops recebeu centenas de presos políticos desde sua construção, em 1910, para sediar a Repartição Central de Polícia. Mas foi durante a ditadura militar que ele se transformou em um dos principais aparelhos de repressão e tortura do regime, para onde eram levados presos políticos a fim de serem interrogados sobre as atividades na época classificadas de subversivas.

      Com três passagens pelo Dops do Rio, a farmacêutica Ana Bursztyn Miranda traz até hoje as marcas deixadas pelas prisões que sofreu em decorrência da militância na Ação Libertadora Nacional (ALN).

      "A tortura está acontecendo ainda hoje. E tem gente que defende a volta da ditadura militar, dizendo que eles torturavam e estavam certos. Então é preciso que se transforme este prédio em um espaço de memória, para ver se conseguimos diminuir a violência de Estado e para que o terror que imperou naquela época não volte a acontecer", disse Ana.

      Para ela, é inconciliável a ideia aceita pela Polícia Civil de ceder parte do prédio para o centro de memória, mantendo ali o seu museu. "Este prédio ficou abandonado por mais de uma década. É inconciliável [manter as duas estruturas]", argumentou.

      O ato político foi organizado pelo movimento Ocupa Dops e contou com apresentações de música, projeções de filmes, exposição de fotos, intervenções artísticas e depoimentos de amigos e familiares de presos políticos. Foi feita uma homenagem a duas militantes de esquerda vítimas de tortura durante a ditadura militar e que morreram este ano: Inês Etienne e Estrella Bohadana.

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