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Bolsonaro corta orçamento da UFRJ em R$ 64 milhões e reitora prevê caos

"Nós utilizamos essa verba para o pagamento da luz, da água e dos serviços terceirizados, como limpeza. Tudo isso depende desse orçamento", explicou a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho

Denise Carvalho UFRJ

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Da Agenda do Poder – A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que completou 100 anos em setembro, pode ter o menor orçamento em uma década. O corte previsto, de R$ 64 milhões, corresponde a mais de dois meses das despesas da universidade. Entre 2016, governo Dilma Roussef, e 2021, sob Jair Bolsonaro, o corte no orçamento foi de R$ 150 milhões.

A previsão é que a instituição passe por mais um ano de crise financeira. Caso o Projeto de Lei Orçamentária de 2021 enviado pelo governo ao Congresso seja aprovado, o orçamento da universidade será de R$ 310 milhões, o menor em uma década. No ano passado, o orçamento foi de R$ 374 milhões.

O valor é direcionado às despesas não obrigatórias – ou seja, é o dinheiro usado em gastos que não envolvem o pagamento de salários. "Nós utilizamos essa verba para o pagamento da luz, da água e dos serviços terceirizados, como limpeza. Tudo isso depende desse orçamento", explicou a reitora da UFRJ, Denise Pires de Carvalho.

E não é só o Ministério da Educação que pretende passar menos dinheiro para a UFRJ.

"No caso particular da ciência e tecnologia, nós teremos, caso aprovado o orçamento que está no Congresso, a menor dotação da última década – é cerca de apenas 25% do que já foi. E isso ocorre em um momento no qual a ciência mostrou sua importância", disse o diretor da Coordenaria de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da UFRJ (Coppe/UFRJ), Romildo Toledo.

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