Boulos: a mansão do João Doria tem que pagar mais imposto
Pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos defendeu um “IPTU progressivo” na maior capital do país. “Quem tem mais paga mais, quem tem menos, paga menos. A mansão do João Doria, por exemplo, tem que pagar mais imposto”, defendeu. Assista sua entrevista na TV 247
247 - Guilherme Boulos (PSOL-SP), professor bacharel em Filosofia, que ascendeu na vida política travando lutas em defesa do movimento de moradia, é pré-candidato a prefeito de São Paulo, numa chapa que conta na vaga de vice a experiência da ex-prefeita Luiza Erundina e defendeu na TV 247 medidas tributárias que taxem os mais ricos e preservem os mais vulneráveis, como um plano de “IPTU progressivo”.
O pré-candidato explicou que a ideia do IPTU progressivo é baseada na proposta de “quem tem mais paga mais, quem tem menos, paga menos”.
“Isso tem que ser cruzado com renda e patrimônio de cada proprietário. Quem tem mais renda, mais patrimônio e mora em regiões mais caras, tem que pagar mais. A mansão do João Doria, por exemplo, tem que pagar mais imposto”, elucidou.
Boulos referiu-se ao imóvel do governador João Doria (PSDB-SP), uma mansão nos Jardins, bairro nobre da capital paulista, com área de 3.042 m².
Na visão do ativista, a “ampliação da taxa de isenção do IPTU para população mais vulnerável é algo urgente". “Não tem cabimento um morador de uma região precária pagar esse imposto”, acrescentou.
Pleito municipal
Questionado sobre a importância da unidade da esquerda no primeiro turno, na cidade de São Paulo, para enfrentar o bolsonarismo, Boulos afirmou que “o ideal seria uma frente progressista para enfrentar o fascismo”, mas que respeita “a candidatura do PT, PCdoB”. “Se não for possível esse espaço de unidade, que no segundo turno isso aconteça”.
O pré- candidato seguiu sua narrativa da composição de alianças com setores progressistas e rechaçou a possibilidade de composição com o PSB. “Márcio França [pré-candidato à prefeitura] é linha auxiliar do tucanato, ele foi o vice de Geraldo Alckmin durante os oito anos de governo. Não o coloco no lugar de centro-esquerda”, concluiu.