Cabral pede desculpas ao Rio ‘pelo uso de caixa 2’
Interrogado pelo juiz Marcelo Bretas, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral pediu desculpas à população do estado "por ter feito uso de caixa dois, e de sobra de caixa dois"; a declaração foi concedida em audiência na Justiça Federal, no Centro do Rio; o peemedebista negou ter pedido propina a empresas, como sustentam o MPF e delatores. "Tive uma vida muito além dos meus dinheiros lícitos", disse. "Afirmo ao senhor que fiz consumo pessoal desses recursos (de caixa dois) e afirmo que fiz muito uso nas campanhas eleitorais minhas e de outros"
Rio 247 - O ex-governador do Rio Sérgio Cabral pediu desculpas à população do estado nesta quinta-feira (14), "por ter feito uso de caixa dois, e de sobra de caixa dois". A declaração foi concedida em audiência na Justiça Federal, no Centro do Rio.
O peemedebista negou ter pedido propina a empresas, como sustentam o MPF e delatores. "Tive uma vida muito além dos meus dinheiros lícitos", disse. "Afirmo ao senhor que fiz consumo pessoal desses recursos (de caixa dois) e afirmo que fiz muito uso nas campanhas eleitorais minhas e de outros", acrescentou o governador, enquanto interrogado pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.
Após delação de funcionários da Carioca Engenharia, o ex-governador e seus ex-secretários Wilson Carlos (Governo) e Hudson Braga (Obras) são ouvidos nesta quinta em um processo que os acusa de desvios de R$ 47 milhões em obras como Linha 4 do Metrô, PAC Favelas e Arco Metropolitano.
Questionado pelo juiz se teria como provar que gastou esse dinheiro em campanhas, Cabral respondeu: "Isso implicaria citar companheiros meus de todas lutas políticas que realizamos ao longo dessa jornada".
Cabral voltou a negar que tenha tratado de propina com Julio Lopes, ex-secretário de transportes, e atual deputado federal. O ex-governador negou a cobrança da chamada "taxa de oxigênio", que seria 1% do valor de obras e classificou como "planilhas de bêbado" as planilhas de Luiz Carlos Bezerra, seu operador, que indicavam apelidos e distribuição de propinas.
Bretas questionou se não seria "coincidência terrível" Cabral ser citado por tantas pessoas no processo como beneficiário de propina. "Não é coincidência não. Todos que apontaram o dedo para mim tiveram benefício. Só tem um caminho, apontar o dedo para (Sérgio) Cabral. Cadê as provas?", perguntou Cabral.
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