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Chevron: plataforma é a mesma do Golfo do México

Poos em Campos so perfurados pela SEDOC 706 da Transocean, a mesma empresa envolvida no vazamento no Golfo do Mxico; informao do Sindicato dos Petroleiros; Greenpeace faz manifestao em frente a sede da Chevron nesta sexta-feira (18)

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Carla Sena _ Rio 247 _ Os três poços da Chevron no campo de Frade são todos perfurados pela plataforma SEDOC 706 da Transocean, a mesma empresa envolvida no maior vazamento da história da indústria de petróleo, ocorrido em abril do ano passado, no Golfo do México. A informação é do coordenador geral do Sindicato dos Petroleiros, José Maria Rangel, que lamenta a ineficiência dos órgãos de fiscalização da exploração do petróleo no Brasil.

“A exploração é feita a qualquer custo. Se o Brasil tivesse políticas de fiscalização mais eficientes esta plataforma poderia ter sido interditada. A Petrobras, que é a grande operadora de petróleo no Brasil, atua com uma política de fachada e não tem dado o exemplo para as outras subsidiárias”, alerta Rangel.

Segundo ele, a Federação Única dos Petroleiros interditou somente no ano passado 11 plataformas de petróleo no Brasil. Os motivos são principalmente a falta de segurança para os trabalhadores e manejo de equipamento. “A segurança dos trabalhadores é intimamente ligada à questão do meio ambiente. A Petrobras não resolveu o problema e ainda buscou medidas judiciais para reverter as interdições”, lamenta Rangel.

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O acidente da Chevron na Bacia de Campos ocorre após a manifestação em defesa dos royalties do petróleo há dez dias. De acordo com Rangel, o vazamento pode servir de alerta para a futura exploração do pré-sal no estado. “A Agência Nacional do Petróleo tem competência para apurar o acidente. É lamentável que a Chevron não tenha se empenhado em elucidar o volume do vazamento e as causas. Temos que cobrar medidas mais drásticas antes que acidentes como esse ocorram. Com a exploração do pré-sal, os riscos aumentam”, diz Rangel.

O ambientalista Rogério Rocco, analista do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), advogado e Mestre em Direito da Cidade, diz que as sanções para a Chevron podem ser penais, administrativas e civis. “Cabe inclusive multa em razão do acidente e responsabilidades com os custos da reparação dos danos ambientais”, antecipa Rocco, acrescentando que a “dimensão real” do desastre ecológico ainda terá que ser estudada. “A partir do momento que a Chevron elucidar o que de fato ocorreu, poderemos fazer um estudo do tempo de recuperação das espécies e pensar numa lógica de reparação. Mas vale lembrar que, num acidente ecológico, sempre existe o risco que algumas espécies afetadas possam não ser recuperadas”, enfatiza o ambientalista.

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Nesta segunda-feira (18), ativistas do Greenpeace fizeram protesto em frente à sede da Chevron Brasil, no Rio de Janeiro. Os manifestantes, com uniformes da empresa, derramaram tinta preta em frente ao prédio, simbolizando o óleo vazado.

Também foram pintadas pegadas de animais no chão, para lembrar como o vazamento de óleo poderá prejudicar a vida animal, na costa fluminense. Segundo a coordenadora da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, Leandra Gonçalves, a empresa petrolífera foi negligente e não transparente no episódio.

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“Estima-se que o vazamento ocorrido no Campo de Frade seja maior do que o imaginado pela empresa. Desde o início, a empresa faltou com transparência nas informações e no diálogo com a sociedade. A falha geológica [por onde ocorre o vazamento] já deveria ter sido prevista no estudo de impacto ambiental. Medidas de contenção deveriam ter sido prontamente realizadas”, ressaltou.

Segundo a ativista, a exploração de petróleo na costa brasileira coloca em risco a fauna marinha. Com as atividades na camada pré-sal, a expectativa é que o risco de acidentes aumente.

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A Chevron Brasil não se pronunciou sobre a manifestação. Em nota divulgada ontem (17), a empresa informa que está adotando todas as medidas para fechar o poço, monitorando a mancha de óleo e trabalhando junto com autoridades brasileiras.

 (Com informações da Agência Brasil)

Leia:
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