HOME > Sudeste

Correia: 'depoimento de Ana Priscila deixa claro que Bolsonaro foi autor intelectual e insuflador dos atos golpistas' (vídeo)

"Sincericídio golpista", afirmou o parlamentar sobre a influencer bolsonarista, que também atacou o presidente Lula

Rogério Correia (mais destacado), Jair Bolsonaro, Ana Priscila e os atos golpistas do 8 de janeiro em Brasília (Foto: Agência Câmara I Reprodução I Carolina Antunes-PR I Marcelo Camargo-Agência Brasil)

247 - O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) afirmou nesta quinta-feira (28) que o depoimento da influencer Ana Priscila Azevedo na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deixou claro o envolvimento de Jair Bolsonaro (PL) nos atos golpistas 8 de janeiro, quando seus apoiadores invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), contra a eleição do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "O depoimento da Ana Priscila na CPI da CLDF pode ser chamado de SINCERICÍDIO GOLPISTA, sem qualquer tipo de remorso pelo que fez. Fica claro que Bolsonaro foi sim o autor intelectual e insuflador dos atos. Se tem executor pegando 17 anos de prisão, imagina os mandantes!", escreveu o parlamentar no Twitter. >>> Ao assumir presidência do STF, Barroso faz a aceno a Lira e a Pacheco com a promessa de harmonia

Na CLDF, a bolsonarista Ana Priscila defendeu o ex-ocupante do Planalto e atacou Lula. "Bolsonaro arregimentou milhões de brasileiros no País, enquanto que o atual presidente não conseguiu arregimentar meia dúzia de gato pingado". "O resultado das ruas não batia com o das urnas. Os números não batiam na nossa cabeça", afirmou que influencer, que fez uma comemoração sobre o que avaliou como falta de iniciativa de soldados da Força Nacional. 

Integrantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciaram 1.390 pessoas por envolvimento nas manifestações terroristas. Em 15 de setembro, ministros do Supremo Tribunal Federal condenaram três réus pela participação nos atos. Matheus Lima de Carvalho Lázaro foi condenado a 17 anos de prisão pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada. Também foram condenados Aécio Lúcio Costa (17 anos de prisão) e Thiago de Assis Mathar (14 anos). >>> Campos Neto: 'estou tentando construir uma relação de confiança com governo'

Durante o seu mandato (2019-2023), Bolsonaro tentou passar para a população a mensagem de que o Judiciário atrapalhava o governo. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição presidencial. >>> Globonews repercute furo de Joaquim de Carvalho e do 247 sobre Tony Garcia e Moro

Em junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tornou Bolsonaro inelegível por oito anos por ter questionado sem provas a segurança do sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores no ano passado em Brasília (DF). Em novembro do ano passado, o TSE multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas.

Este ano (2023), investigadores encontraram no celular do tenente-coronel Mauro Cid uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e que previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição. O militar foi ajudante de ordens de Bolsonaro, que usava o termo em declarações públicas. Em delação premiada, o ex-auxiliar afirmou que o ex-ocupante do Planalto consultou militares sobre formas de se aplicar um golpe no País. >>> Barroso afirma que Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo