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Sudeste

Cresce resistência contra o genocídio do povo negro no Rio de Janeiro

Lideranças do Movimento Negro Unificado (MNU) organizam seminário de dois dias nas próximas sexta-feira e sábado (18 e 19 de outubro) para debater a opressão contra as mulheres, a juventude, a comunidade LGBT e agressões contra as religiões e cultura do povo negro

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247 - Um importante seminário sobre o extermínio do negro no Brasil reunirá nos dias 18 e 19 de outubro, próxima sexta-feira e sábado, no Rio de Janeiro, diversas lideranças do movimento negro, pesquisadores e especialistas para debater o assunto, que será dividido em quatro eixos: mulheres negras, juventude, Religiosidade, Cultura e Tradições e LGBTs em vulnerabilidade.

Estarão presentes no evento um número expressivo de pessoas que lutam para terem suas vidas respeitadas e garantidas pelo Estado, conforme explicita Marcelo Dias - Dirigente Nacional do Movimento Negro Unificado, e Margareth Ferreira, Dirigente Estadual do MNU-RJ, em um comunicado que divulga o evento. Confira abaixo:

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"O MNU é uma organização fundada na LUTA CONTRA O GENOCÍDIO DO POVO NEGRO, em especial O EXTERMÍNIO DE NOSSA JUVENTUDE: 

Em 1978, em plena ditadura militar, a polícia de São Paulo assassinou o jovem Róbson da Luz e nos levantamos em luta, contra o secular extermínio de nossa juventude, marco inicial do  Movimento Negro Unificado. Extermínio secular iniciado com o tráfico negreiro, com o comércio de crianças e jovens, homens e mulheres negras, com o amparo e aval do Estado brasileiro da época, que auferia através de impostos, bônus financeiros oriundos desse lucrativo comércio. Com esta prática, o Estado brasileiro incidiu em crime hediondo contra a humanidade,  ao patrocinar e tributar o comércio de pessoas negras, em sua grande maioria crianças e jovens. Em razão desses fatos afirmamos que “o ouro amarelo do tesouro nacional foi formado com o vermelho opaco do sangue das crianças africanas.” 

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Não fosse apenas isto, o olhar para a juventude descendente da África, ao longo de toda a história do Brasil colonial escravocrata e desde os primórdios da República até os dias atuais, permaneceu o mesmo do colonizador, traficante de escravos, coisificando o ser negro. A violência, a exploração da força de trabalho e a percepção sobre o direito de dispor da vida e morte mudaram de forma, mas nunca deixaram de existir, sendo o extermínio o modo mais evidente demonstração desse direito, escolhida pelas elites descendentes dos mesmos colonizadores, que se revezam nos poderes governamentais e direcionam as políticas de segurança que atingem de maneira cruel e absoluta a população negra. Com estes elementos iniciais que se confundem com a própria razão de existir do MNU, queremos chamar a atenção da sociedade como um todo, em especial da própria população que vem sendo vitimada sem perceber que há uma estrutura perversa e histórica que sobrepõe a lógica pós moderna de convívio social, pautadas em racismo, domínio e poder sobre nossos territórios, corpos, culturas, saberes e conhecimentos. Definimos assim, quatro  eixos, para as reflexões que serão coletivizadas nas palestras do nosso Seminário dos dias 18 e 19 de outubro. 

Pontos fulcrais de abordagem, em nossa observação, acerca do PROJETO GENOCIDA DO ESTADO BRASILEIRO que aponta o povo negro como seu público alvo:  

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1. Mulheres negras, no topo de uma pirâmide social de violações de direitos, sofrimentos, dores e enfrentamentos de mitos que a excluem dos mais variados espaços de tomada de decisões e autonomia sobre seus corpos e conquistas pessoais;  

2. Juventude, na forma mais visível e perceptível de extermínio nos conflitos armados das periferias, centros urbanos e favelas;  

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3. Religiosidade, Cultura e Tradições, atacando frontalmente nosso sagrado, nossos valores ancestrais e nossa história e processo civilizatório, para abalar nossa identidade social, fragmentando e dividindo negros e negras em grupos que se autodestroem a partir do neo colonialismo cultural e religioso;  

4. LGBTs em vulnerabilidade potencializada pela condição racial, uma vez que também tem no grupo negro as maiores vítimas das violências relacionadas ao segmento negras e negros. 

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O MNU-RJ abordará todas essas perspectivas do GENOCÍNIO DO POVO NEGRO através de palestrantes renomados em cada um dos temas, pesquisadores e ativistas atuantes que compartilharão saberes, conhecimentos e propostas de ações conjuntas de luta".  

COMISSÃO ORGANIZADORA DO SEMINÁRIO

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