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Delator: Cabral recebia propina desde os tempos de deputado estadual

O delator Álvaro Novis, cujo relato embasou a Operação Ponto Final, entregou ao MPF uma planilha apontando o pagamento de R$ 260 milhões em propinas a políticos, entre eles, o ex-governador Sérgio Cabral, réu em 12 inquéritos na Lava Jato; no documento, o doleiro afirma que o peemedebista recebia propinas havia 26 anos, desde os tempos de deputado estadual, entre 1991 e 2003; segundo as investigações, em troca de propina, o esquema de Cabral espalhou benefícios a empresas de ônibus; nesse período, Cabral recebeu R$ 122,85 milhões em propinas

Ex-governador do Rio Sérgio Cabral  (Foto: Leonardo Lucena)
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Rio 247- O delator Álvaro Novis, cujo relato embasou a Operação Ponto Final, que investiga irregularidades no transporte público do Rio, entregou uma planilha ao Ministério Público Federal apontando o pagamento de R$ 260 milhões em propinas a políticos, entre eles, o ex-governador Sérgio Cabral. No documento, o doleiro afirma que o peemedebista recebia propinas havia 26 anos, desde os tempos de deputado estadual, entre 1991 e 2003. Segundo as investigações, em troca de propina, o esquema criminoso de Cabral espalhou benefícios a empresas de ônibus, como a autorização para reajustes das tarifas e isenções no pagamento de IPVA dos coletivos e ICMS do diesel. A cifra movimentada entre 2010 e 2016 chegaria a R$ 500 milhões. Nesse período, Cabral recebeu R$ 122,85 milhões em propinas. 

A planilha revela pagamentos sob os codinomes ‘verde’, ‘abacate’, ‘CM’ e ‘Super’, que, de acordo com Novis, são referentes a valores repassados ao suposto homem da mala do ex-governador, Carlos Miranda, condenado na Operação Lava Jato. Em delação premiada, o doleiro afirmou ‘que os pagamentos a Miranda eram destinados a Cabral’, conforme documento publicado no blog do Fausto Macedo. 

O peemedebista e seu homem forte foram condenados na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro de pelo menos R$ 2,7 milhões da empreiteira Andrade Gutierrez, entre 2007 e 2011, referente às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobrás. Cabral pegou 14 anos e 2 meses e Miranda foi sentenciado a 10 anos de prisão.

Segundo Novis, a conta intitulada F/SABI, pertencente à Federação de Empresas de Transportes do Estado do Rio de Janeiro eram disponibilizados créditos a ‘Carlos Miranda’. O presidente da entidade, Lélis Teixeira, está preso, acusado de receber propinas.

 

 

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