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Delegado preso em operação na Prefeitura do Rio usou arma de fogo e agrediu empresários para cobrar propina, diz MP

O delegado aposentado Fernando Moraes, preso em uma operação contra um esquema de corrupção na Prefeitura do Rio, teria feito ameaças contra dois empresários e apontou uma arma para um deles

Delegado aposentado Fernando Moraes (Foto: Divulgação)

247 - O delegado aposentado Fernando Moraes, preso nesta terça-feira (22) em uma operação contra um esquema de pagamento e recebimento de propina na Prefeitura do Rio, é suspeito de ter feito uso de arma de fogo e agressões físicas durante uma reunião com empresários. De acordo com o Ministério Público (MP-RJ), a intenção dele era dar continuidade ao pagamento de propina para todos os envolvidos no esquema.

O arrecadado em propina pela organização criminosa chefiada por Crivella chega a R$ 50 milhões, informou o MP-RJ. De acordo com as investigações, empresários pagavam para ter acesso a contratos e para receber valores que eram devidos pela prefeitura do Rio.

A denúncia apontou que o delegado participou de uma reunião com empresários e exigiu que os pagamentos fossem interrompidos, pois, para ele, ou todos receberiam ou ninguém receberia, segundo informações publicadas pelo portal G1

A exigência foi negada e, em outra reunião, ele deu chutes e coronhadas, além de fazer ameaças contra dois empresários. Apontou uma arma para um deles. Após o encontro, os pagamentos de propina foram interrompidos até que os membros se reorganizassem.

Além de Moraes, também foram presos o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, Mauro Macedo, ex-tesoureiro da campanha do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e primo de Edir Macedo, fundador da IURD; Rafael Alves, empresário apontado como operador do esquema; Adenor Gonçalves dos Santos e Cristiano Stockler Campos, ambos empresários.