Depois de cinco dias de silêncio, governador do Rio fala sobre mortos na chacina do Salgueiro: "coisa boa não estavam fazendo"
"Ninguém vai camuflado pro mangue trocar tiro com a polícia de airsoft. Se foi completamente vestido camuflado trocar com tiro com a polícia no mangue, certamente coisa boa não estava fazendo", disse Cláudio Castro sobre a ação da polícia que resultou em nove mortes no Complexo do Salgueiro

247 - O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que os nove mortos em uma chacina durante uma ação da polícia no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ), no último domingo (21), durante uma ação policial não deveriam estar fazendo "coisa boa".
"Gente, aqui ninguém é criança. Ninguém vai camuflado pro mangue trocar tiro com a polícia de airsoft. Se foi completamente vestido camuflado trocar com tiro com a polícia no mangue, certamente coisa boa não estava fazendo", disse Castro nesta quinta-feira (25), durante uma visita à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), de acordo com o UOL.
De acordo com a CCN Brasil, os laudos da perícia fluminense destacam que seis das nove vítimas utilizavam roupas camufladas, que seriam usadas como uma espécie de "uniforme" pelas facções do tráfico de drogas no Rio, quando foram mortas em um manguezal.
Questionado pelos repórteres sobre os altos números de mortes em ações policiais no estado, como no caso do Jacarezinho, que deixou 28 mortos, Castro negou haver uma recorrência de óbitos neste tipo de operação. "Eu não creio que isso seja uma recorrência. A [ação] da Polícia Civil no Jacarezinho foi o cumprimento de mandado judicial e agora foi uma operação da Polícia Militar. Como eu digo, a gente apoia sempre as polícias, mas não apoia, por óbvio, os erros”, disse o governador.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADEAinda segundo ele, a chacina do Complexo do Salgueiro está sendo investigada pela Polícia Civil e que os PMs envolvidos na operação serão punidos caso sejam constatados erros cometidos por eles. "Eu duvido que uma instituição puna tanto os seus quanto as polícias do Rio de Janeiro. A polícia tem punido exemplarmente os seus que fazem o mal, mas o nosso papel aqui é de apoiar a instituição Polícia Civil, a instituição Polícia Militar, a instituição Corpo de Bombeiros", ressaltou.
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