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Sudeste

Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal da resistência à ditadura, faria 100 anos

Contrariando interesses da Igreja Católica, fez sua trajetória ao lado dos socialmente discriminados e dos politicamente perseguidos, tornando-se uma das mais relevantes lideranças a contestar a ditadura militar no Brasil

Dom Evaristo Arns (Foto: Paulo Moreira Leite)
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247 - Cardeal da resistência, da periferia, do povo da rua, dos operários, dos direitos humanos ou, simplesmente, o cardeal da esperança. Assim era descrito dom Paulo Evaristo Arns, cujo nascimento completa cem anos hoje, em 14 de setembro. Ele viveu até os 95 anos, morrendo em dezembro de 2016. A reportagem é do portal UOL. 

Contrariando interesses da Igreja Católica, fez sua trajetória ao lado dos socialmente discriminados e dos politicamente perseguidos, tornando-se uma das mais relevantes lideranças a contestar a ditadura militar no Brasil. Além disso, denunciou crimes de tortura e combateu a injustiça que condenava à miséria populações vulneráveis.

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"O Brasil e o mundo celebram essa data de um ser humano que passou pelas nossas vidas deixando marcas que não desaparecerão nunca. Dom Paulo encarnou na sua atuação pastoral uma verdadeira revolução inspirada na Teologia da Libertação, ao mesmo tempo em que, diferentemente de outras figuras da igreja, assumiu de pronto a defesa dos que lutavam pela democracia e pelos mais pobres. Continha a dimensão política da fé", relata a ex-prefeita de São Paulo e deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP).

A integridade do religioso, que ocupou os mais altos cargos da igreja, incluindo o posto de arcebispo de São Paulo, permitia embates com os militares numa época em que desafiá-los poderia ter consequências imprevisíveis.

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Esteve em centros de tortura reivindicando a liberdade de presos políticos, revelou em suas igrejas documentos relatando violações cometidas pelo Estado e chegou a reunir-se, em 1974, com o general Golbery do Couto e Silva para apresentar um dossiê sobre 22 desaparecidos, junto a familiares das vítimas.

A criação da Comissão Justiça e Paz, responsável por proteger perseguidos, inclusive de regimes autoritários de outros países da região, e o projeto Brasil Nunca Mais, realizado em sigilo com a finalidade de documentar crimes da ditadura, são apontados como eventos centrais para debilitar o regime diante da opinião pública, nacional e internacionalmente.

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Igualmente importantes foram o histórico ato ecumênico na Catedral da Sé em memória ao jornalista Vladimir Herzog e a Celebração da Esperança, homenageando o estudante Alexandre Vannucchi Leme —ambos mortos por agentes da repressão na década de 1970.

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