Edson Santos sobre intervenção no Rio: população mais pobre será a maior vítima
Ex-ministro e ex-deputado federal comenta, em vídeo para o 247, que é preciso olhar com muita seriedade a situação da população da periferia da cidade, "porque ao mesmo que irá receber bem o Exército, poderá ser vítima de ações arbitrárias e de violência das Forças Armadas"; para ele, a intervenção "é a aplicação em nosso estado do tratado oriundo do consenso de Washington, que recomenda a países como o Brasil a mudança de papel das Forças Armadas transformando-as em forças de segurança pública"; assista
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Por Túlio Ribeiro, para o 247 - Em comentário gravado em vídeo para o 247, o ex-deputado federal Edson Santos, que foi ministro no governo Lula, critica a intervenção feita pelo governo Temer no Rio de Janeiro, que colocou um general no comando da Segurança Pública do Estado.
"É a aplicação em nosso estado do tratado oriundo do consenso de Washington, que recomenda, entre outras coisas, a países como o Brasil, a mudança de papel das Forças Armadas transformando-as em forças de segurança pública", diz Santos.
"O Rio de Janeiro, ao mesmo tempo que é um laboratório para a implantação de medidas recessivas, de caráter neoliberal, é também o principal espaço de resistência do povo brasileiro. O Carnaval já demonstrou isso", comenta.
Para ele, "é realmente preocupante a intervenção. Nunca houve no nosso País eleições com intervenção. As liberdades mais amplas do nosso povo, para se reunir, para se expressar, estarão fatalmente comprometida".
O ex-ministro se preocupa especialmente com a população mais pobre da cidade, que não necessariamente será contra a intervenção, uma vez que "é a principal vítima do crime organizado", e possivelmente será receptiva "a qualquer medida que indique uma sensação de segurança".
"Temos que olhar com muita seriedade a situação dessa população, porque ao mesmo que irá receber bem o Exército, poderá ser vítima de ações arbitrárias e de violência das Forças Armadas, que não tem como finalidade fazer políticas de segurança pública", afirma.
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