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Sudeste

Educação financeira chega às comunidades do Rio

Gardnia, Rio das Pedras, Santa Marta, Cantagalo (foto), Complexo do Alemo, Santo Cristo, Turano e Rocinha so alvo de palestras sobre finanas pessoais organizadas pelo Bradesco; platias lotadas; calculadoras doadas para economizar

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247 – Da platéia lotada no teatro do Espaço Criança Esperança, na comunidade do Cantagalo, entre Ipanema e Copacabana, o comentário surge de maneira espontânea. “Eu estava mesmo precisando levar esse puxão de orelha”, dizia uma senhora, despertando um sorriso na amiga do lado, com ar de mais velha. “Eu também minha filha, ando muito desregrada com o meu dinheirinho”.

No palco, a palestrante Rosi de Souza Ferruzzi, instrutora do Departamento de Treinamento do Bradesco, ministrava uma aula de uma hora de duração sobre o tema educação financeira. A iniciativa é inédita. Nesta semana e na próxima, o banco está levando a diferentes comunidades do Rio um programa especialmente criado e desenvolvido para disseminar noções de economia pessoal e familiar para o público das classes C e D. Apoiado por cartilhas, com projeções de imagens, gráficos e tabelas, além da entrega de blocos de notas e calculadoras eletrônicas para a realização de contas, o programa de educação financeira do Bradesco já foi apresentado, desde a segunda-feira 26, às comunidades Gardênia, Rio das Pedras, Santa Marta e, ontem, no morro do Cantagalo.

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Na próxima semana, a partir da segunda 3 de outubro, sempre entre 19h00 e 20h00, estará presente no Complexo do Alemão, no Santo Cristo, em Turano e, fechando o ciclo, na Rocinha. Até aqui, as palestras têm atraído cerca de 100 moradores das comunidades a cada vez, em encontros repletos de exemplos que ensinam a planejar gastos e, assim, equilibrar as finanças.

“O segredo do equilíbrio financeiro está no controle das despesas”, ensina Rosi. Um exemplo que ela lança ao público faz muito sucesso. “É verdade que, praticamente todos os dias, quem tem filhos menores compra um pacote de biscoitos, um doce, enfim, algum alimento supérfluo para as suas crianças?”, pergunta ela, recebendo acenos positivos das platéias. “Pois saibam que se vocês fizerem uma economia de dois reais a cada dia, alcançando uma poupança de 60 reais a cada mês, em um ano esse dinheiro aplicado numa caderneta de poupança se transformará em 740 reais e treze centavos. Em cinco anos, será quatro mil, cento e oitenta e seis reais e, em dez anos, nove mil, oitocentos e trinta e dois reais”, concluiu. De tão preciso, o exemplo só falta arrancar aplausos. “É verdade, todo dia minha filha me pede um doce”, diz uma das presentes.

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A palestra parte do exemplo de uma família, chamada durante o evento de Rodrigues, formada por pai, mãe e dois filhos. A única renda familiar é a do marido, que ganha salário de R$ 1.950. A despesa maior é aluguel de R$ 450. É sobre a diferença de R$ 1.500 que gira a apresentação. “Vocês precisam fazer contas de todas as despesas do dia a dia para saberem, mês a mês, qual é a sua capacidade de poupança”, frisa a professora. “Lembrem-se que poupar significa um futuro com melhor qualidade de vida”.

O pequeno empreendedor Romeu Gonçalo Soares vive na comunidade do Pavãozinho, vizinha ao Cantagalo. Ele tem uma micro empresa de manutenção de computadores. “Minha renda é variável, tem mês que sobra, mês que falta”, admite, bem humorado. “As dicas dessa palestra me incentivaram a recomeçar uma poupança imediatamente, porque a última que eu tinha foi útil para cobrir despesas extras com o meu negócio”, disse ele ao 247.

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Junto da amiga Sonely Oliveira, cabeleireira, a comerciante Luciana Cardoso, dona com o marido de um deposito de materiais de construção no Cantagalo, levou a filha Andressa à palestra. “Ouvi aqui coisas que a gente sabe bem, mas que no dia a dia esquece ou não faz”, divertia-se Luciana. Ela lembra que costuma, algumas vezes, fazer compras em excesso. “O shopping center é a minha perdição”, classifica. Ela reteve a mensagem de que o segredo de poupar está no controle das depesas. “Não vai ser fácil, mas tentarei ser mais econômica daqui pra a frente”.

Dados do Banco Central transmitidos no encontro indicam que mais de 50% da população brasileira tem dívidas financeiras. “É preciso um cuidado especial com os gastos em cartão de crédito”, explica a treinadora Rosi. “Os juros são os mais altos e, em poucos meses, todas as finanças pessoais podem ficar comprometidas”. Ficou a mensagem, assim, de que, quando o assunto é gastar, o melhor é mesmo pensar duas vezes antes de executar a despesa. “E quando aparecer aquele dinheiro extra, o certo é quitar as dívidas mais pesadas, sobre as quais incidem os maiores juros, em lugar de consumir em planejamento”, frisou.

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