Em crise, UERJ diz que vive "dias complicados"
Em uma crise financeira sem precedentes, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) comunicou a suspensão do fornecimento de refeições para o Restaurante Universitário, o "bandejão"; em comunicado, que "esta situação tem gerado problemas de várias ordens, levando, inclusive, à recente rescisão do contrato com a empresa responsável pela limpeza do HUPE (Hospital Universitário Pedro Ernesto), seguido pela contratação de outra empresa, em caráter emergencial, e abertura de nova licitação em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias"
Jornal do Brasil - Em uma crise financeira sem precedentes, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) comunicou nesta segunda-feira (29) a suspensão do fornecimento de refeições para o Restaurante Universitário, o "bandejão". Em comunicado divulgado, a Reitoria afirma que a instituição vive "dias complicados" e elenca uma série de problemas, como ausência do pagamento de bolsas, de contratos de professores substitutos e de empresas prestadoras de serviços.
"Esta situação tem gerado problemas de várias ordens, levando, inclusive, à recente rescisão do contrato com a empresa responsável pela limpeza do HUPE (Hospital Universitário Pedro Ernesto), seguido pela contratação de outra empresa, em caráter emergencial, e abertura de nova licitação em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias", admitiu a Reitoria, acrescentando que espera elaborar um calendário para as bolsas e salários de substitutos.
Nesta segunda-feira, a aluna do curso de Letras Adriana Varela publicou em sua conta no Facebook um registro do lixo acumulado nas dependências da Uerj. O serviço de recolhimento dos resíduos também passa por problemas, com a suspensão do trabalho. "E temos que conviver com o lixo, com todo tipo de doenças. É um descaso total com todos que estão dentro da Universidade. Está cada vez pior!", escreveu a aluna.
Atingida pela crise do Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Uerj ainda tem dívidas referentes ao ano de 2015 que podem atingir os R$ 70 milhões, segundo estimativas do novo reitor da instituição, Ruy Garcia Marques. Na semana passada, Marques informou que a maior parte da dívida é com empresas terceirizadas de manutenção, vigilância e de serviços de alimentação.