Enel cortou 36% dos empregados em São Paulo desde 2019
No mesmo período, porém, a base de clientes da empresa na Região Metropolitana de São Paulo cresceu 7%
247 - A Enel, antiga Eletropaulo, que foi adquirida pela italiana Enel em 2018, cortou em 36% o número de funcionários da empresa desde então, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
De acordo com a CNN Brasil, em 2019, a empresa contava com 23.835 colaboradores, entre próprios e terceirizados vindos da antiga Eletropaulo. “Em 30 de setembro de 2023, eram 15.366 colaboradores, sendo 3.863 empregados próprios da Enel SP e 11.503 terceirizados, segundo relatório enviado aos investidores. Houve, portanto, corte de 40% na folha de pagamentos da própria Enel e redução de 34% nos terceirizados”, destaca a reportagem.
No mesmo período, porém, a base de clientes da empresa na Região Metropolitana de São Paulo cresceu 7%, totalizando 7,85 milhões de consumidores, entre residências e empresas, o que levanta dúvidas sobre a capacidade da empresa em lidar eficientemente com situações de emergência.
Em 2019, a Enel SP contava com um funcionário para cada grupo de 307 clientes, enquanto em 2023, esse número aumentou para 511 consumidores por funcionário.
A Enel nega qualquer impacto negativo em sua eficiência de resposta a emergências, argumentando que conseguiu normalizar o fornecimento de energia para 960 mil clientes em 24 horas, após o forte temporal que atingiu parte do Estado na última sexta-feira (3), superando os resultados de 2019.
A empresa destaca, ainda, que tem investido cerca de R$ 1,3 bilhão por ano desde a aquisição, focados em digitalização e automação da rede elétrica. A Enel, no entanto, não respondeu diretamente às questões sobre a redução do número de empregados.
