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Extrema direita ataca MASP por quadro de PM dançando com membro do PCC

A extrema-direita desferiu críticas ao Museu de Arte de São Paulo de Assis Chateaubriand (MASP) por causa da obra "Palhaço e Soldado PM Carvalho", do artista guatemalteco Alex Donis. A arte mostrou um policial dançando com um criminoso. A pintura faz parte de uma série intitulada 'Pas de Deux', que reúne cenas de inimigos declarados

Obra “Palhaço e Soldado PM Carvalho” (Foto: Alex Donis)

247 - O Museu de Arte de São Paulo de Assis Chateaubriand (MASP) publicou no Instagram no último domingo (22) a obra "Palhaço e Soldado PM Carvalho", do artista guatemalteco, naturalizado americano, Alex Donis. A obra de arte está causando polêmica por ter mostrado um policial com a farda da PM de São Paulo dançando com um criminoso que está de fuzil na mão.

A pintura, comissionada para o projeto 'Histórias da dança', faz parte de uma série intitulada 'Pas de Deux', que reúne cenas de inimigos declarados em abraços. 

Além do conflito entre policiais e as populações marginalizadas, PMs também integram milícias espalhadas pelo País, muito em função dos estímulos do bolsonarismo, que é favorável ao armamento da sociedade para combater a criminalidade. 

De acordo com a publicação, o artista fez uma pesquisa cuidadosa ao representar cada figura, com uma atenção aos detalhes específicos que podem trazê-las à vida.

"Tatuagens de grupos locais, equipamento anti-motim e insígnias militares são indícios da guerra das drogas em curso em São Paulo. Em um momento global atual, onde o protesto e a violência nas ruas se tornaram sinônimos de brutalidade policial, Donis imagina outro desfecho para essa crise em termos de paz, amor e unidade através da dança", diz a publicação.