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Sudeste

Família que escravizou Madalena coloca apartamento à venda para pagar indenização

Ministério Público do Trabalho resgatou Madalena em novembro de 2020 e investiga prática de trabalho análogo à escravidão

(Foto: Reprodução)
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247 - Acusados de manter Madalena Gordiano em trabalho análogo à escravidão em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, o professor universitário Dalton Rigueira e a mulher dele, Valdirene Lopes, colocaram à venda o apartamento em que eles moravam na cidade para pagar a indenização determinada pela Justiça. A família pede R$ 600 mil pelo imóvel, que fica no centro da cidade. A informação é do portal O Tempo. 

Segundo a reportagem, o advogado da família Rigueira, Brian Epstein, confirmou à reportagem que o apartamento já foi disponibilizado no mercado. "A venda é parte do acordo feito na Justiça, que determina que parte do valor da venda será usado no pagamento da indenização trabalhista da Madalena", relatou. A família fez um acordo em janeiro em que se comprometeu a pagar todo o valor devido a Madalena pelos 14 anos em que ela trabalhou na casa de Dalton, incluindo horas extras, 1/3 de férias, multa de FGTS, 13º salários, além de danos morais.

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Relembre o caso 

  O Ministério Público do Trabalho e a Polícia Federal libertaram no último dia 28 de novembro Madalena Gordiano, de 46 anos, que vivia há 38 em situação análoga à escravidão, em um apartamento localizado no centro de Patos de Minas, Minas Gerais. A história comovente foi ao ar no programa Fantástico deste domingo (20). 

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A história ganha ares ainda mais cruéis com a informação publicada no jornal Tribuna de Minas, que aponta um professor universitário como o homem que mantinha a mulher como escrava, em sua residência. 

Madalena foi morar ainda criança na casa  da professora Maria das Graças Milagres Rigueira que passou a escravizá-la. Como seu marido não gostava da criança, a educadora resolveu “doá-la” para Dalton Cesar Milagres Rigueira, também professor universitário.

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A reportagem acrescenta que, na nova casa, nada mudou. Trabalho sem folga, de segunda a segunda, começando, normalmente às 4h da manhã, segundo relato de vizinhos.

Em depoimento à polícia, Dalton Rigueira disse que foi ela quem optou por largar os estudos e que ele não a incentivava a retornar porque “acredita que ela não se beneficiaria de receber educação”.

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Ela vivia num cômodo do apartamento, sem ventilação ou janela. 

Segundo a reportagem, Madalena se casou em 2001 com um tio de Valdilene Rigueira, esposa de Dalton Rigueira. Mas eles não chegaram a morar juntos. Ele era ex-combatente e deixou pensões para Madalena de, aproximadamente, R$ 8 mil.

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Ela conta que ia ao banco com Dalton para sacar o dinheiro, mas que o “patrão” ficava com quase tudo. “Ele me dava duzentos, trezentos reais”.

A situação de Madalena só veio à tona quando ela começou a enviar bilhetes aos vizinhos em pedaços de guardanapo e folhas de caderno, pedindo pequenas quantias em dinheiro e produtos básicos de higiene pessoal. “Me empresta um sabonete para tomar banho. Você recebe minha oração. Madalena”, dizia um dos bilhetes.

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Agora, Madalena tenta se adaptar à nova vida e fazer coisas simples, como ir ao parque e irá participar de uma video-chamada com as irmãs. 

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