Felipe Neto e Manuela D'Ávila abraçam projeto de educação digital em parceria com Niterói
A Prefeitura de Niterói firmou uma parceria com o Instituto Vero, comandado pelo youtuber Felipe Neto, e o Instituto E se Fosse Você?, da ex-deputada federal Manuela D’ávila (PCdoB), para implementar um projeto de educação digital visando o combate à desinformação e à formação de milícias digitais
247 - A Prefeitura de Niterói (RJ) firmou uma parceria com o Instituto Vero, comandado pelo youtuber Felipe Neto, e o Instituto E se Fosse Você?, da ex-deputada federal Manuela D’ávila (PCdoB), com o objetivo de implementar um projeto educativo para o combate às fake news. O projeto irá promover a educação digital nas escolas, combater a desinformação e, em consequência, a formação de milícias digitais. Os relatos do influenciador digital e da ex-parlamentar foram publicados pelo jornal Correio Braziliense.
O youtuber Felipe Neto afirmou que o "mundo se digitalizou e o Brasil está perdido em suas crises políticas". "Temos que pensar em como iremos capacitar as pessoas, como vamos garantir que as mesmas tenham empregabilidade, como irão consumir informação de forma crítica. A internet está aí, e quem quiser avançar precisa saber usá-la para o bem próprio e do país. É disso que deveríamos estar falando", disse.
Felipe Neto afirmou que vivemos em um país onde "alguns políticos e figuras mal intencionadas se aproveitam da baixa capacitação educacional de boa parte da população para espalhar mentiras". "Neste contexto, eles criam essas mentiras utilizando as redes sociais como principal ferramenta. Nós precisamos mudar isso. Pessoas mais bem informadas conseguem compartilhar melhor as informações, usar a internet de forma mais consciente e responsável, formando, a partir disso, opiniões próprias sem correr o risco de serem enganadas e também disseminarem desinformações”, afirma.
"Temos o objetivo de investir e promover educação digital em todos os aspectos, não apenas criando conteúdo sobre desinformação. É importante as pessoas pensarem em como a internet está mudando a sociedade, e o que elas podem fazer sobre isso. Os debates a partir daí são inúmeros: privacidade, economia, segurança da informação. As pessoas precisam estar preparadas para o universo digital", complementou.
'E Se Eu Fosse Você?'
A ex-deputada Manuela D’Ávila, fundadora do Instituto E Se Eu Fosse Você?, contou que ela e outras pessoas criaram o instituto em 2018, ao fim do processo eleitoral. "Em 2019, nós já fizemos centenas de encontros em escolas e virtualmente, qualificando professoras, estudantes, debatendo temas relacionados a desinformação e a redes de ódio. Com a chegada da pandemia, deixamos de desenvolver esse trabalho", disse.
No final de 2020, Manuela conversou com o secretário de Educação de Niterói, Vinicius Wu, sobre como transformar uma rede de educação em um modelo no enfrentamento à desinformação. "E o Vinicius Wu, que já coordenou o gabinete digital aqui no estado, uma pessoa que trabalha com o tema, gostou da ideia".
D’Ávila explica que escolheu a rede municipal de Niterói, pois do ponto de vista prático, é uma rede com qualidade para implementação de uma política pública dessa natureza. "Ela é uma rede de médio porte, adaptada a custos de adaptação permanente de neo-educadores, ou seja, com alguns atributos para que nós pudéssemos implementá-lo. Acho que Niterói está sendo muito ousada, por ser a primeira cidade brasileira com uma rede que educa para enfrentar a desinformação e discursos de ódio, e isso é muito importante", continuou.
Secretário se pronuncia
Nas redes sociais, o secretário de Educação de Niterói, Vinicius Wu, afirmou que parceria "não envolve recursos públicos". "As práticas de desinformação e promoção de fakenews se tornaram um problema para a democracia em praticamente todo o mundo ocidental. E o Poder Público não pode se omitir diante da responsabilidade de educar para a cidadania no ambiente digital e preservar a esfera pública", disse.
"Mas a desinformação e as fakenews também resultam em problemas relacionados à saúde pública, educação, preservação ambiental etc. Ou seja, as fakenews se tornaram também um problema para o desenvolvimento de políticas públicas. E cabe ao Estado agir para reduzir este impacto. Não há caminho mais seguro para o enfrentar o impacto das fakenews sobre a democracia e o desenvolvimento de políticas públicas do que a educação. Formar para a cidadania no ambiente digital é a aposta de Niterói. O projeto com Manu e Felipe Neto nasce desta compreensão", complementou.
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