Greve de ônibus em São Paulo termina após acordo
Segundo o prefeito Ricardo Nunes, o encontro com a diretoria do sindicato e empresários do setor foi positivo e permitiu a retomada gradual das operações
247 - A greve de motoristas e cobradores de ônibus em São Paulo foi encerrada na noite desta terça-feira (9) após uma reunião de emergência entre a Prefeitura, representantes das empresas e o sindicato da categoria. As informações são da CNN Brasil, que acompanhou as negociações e os desdobramentos da paralisação na capital paulista.
Segundo o prefeito Ricardo Nunes, o encontro com a diretoria do sindicato e empresários do setor foi positivo e permitiu a retomada gradual das operações. De acordo com ele, o transporte coletivo começou a ser restabelecido ainda na noite de terça-feira, com a promessa de que toda a frota volte a circular normalmente.
Durante a reunião, o prefeito fez um alerta direto às empresas que descumprirem o acordo firmado. “Não permanecerá com contrato com a prefeitura de São Paulo a empresa que não honrar o pagamento do 13º na data.” A declaração foi um dos pontos centrais do discurso de Nunes.
Motivo da paralisação
À CNN Brasil, representantes do SindMotoristas informaram que a greve foi motivada pelo atraso no pagamento do 13º salário e de benefícios, especialmente o vale-refeição durante o período de férias, benefício obtido na última campanha salarial.
Ainda durante a coletiva, um representante do sindicato deixou a sala para comunicar os trabalhadores sobre o acordo e orientar o retorno imediato às atividades nas garagens.
Compromissos assumidos
As empresas se comprometeram a regularizar os pagamentos até o dia 12 de dezembro, segundo a Prefeitura. Nunes também afirmou que não existe atraso nos repasses municipais às concessionárias e que o problema teria sido pontual. Representantes das empresas confirmaram que houve apenas um “mal-entendido”.
Durante o período mais crítico da paralisação, o rodízio municipal de veículos chegou a ser suspenso para reduzir o impacto no trânsito.
Medidas legais e responsabilização
O prefeito afirmou que irá acionar a Justiça para responsabilizar os organizadores do movimento. Segundo ele, a paralisação não teria seguido os trâmites legais, como a realização de assembleia formal e o aviso prévio de 72 horas.
A Prefeitura também registrou boletim de ocorrência contra as empresas que suspenderam o serviço sem observar as regras previstas em lei.
Reação dos passageiros
Nas redes sociais, usuários relataram dificuldades para retornar para casa no horário de pico. Entre as mensagens mais compartilhadas estava a frase: “Greve de ônibus na hora de ir embora para a casa é sacanagem”, que sintetizou o descontentamento de parte dos passageiros.
O que diz a Prefeitura
Em nota oficial, a administração municipal informou:
“A greve que paralisou 15 das 32 empresas do sistema de ônibus de São Paulo nesta terça-feira (9) chegou ao fim após uma reunião de emergência convocada pelo prefeito Ricardo Nunes, que exigiu responsabilidade das concessionárias e a imediata retomada do serviço. […] ‘A empresa que não honrar o pagamento do 13º no dia 12, será notificada no dia 13 para início imediato do processo de caducidade. Ela será retirada do sistema’.”
O que diz o sindicato
O SindMotoristas declarou:
“Assim, faz-se cumprir da parte dos empresários, o acordo celebrado em 28 de novembro, e a decisão da Justiça referente ao pagamento do VR nas férias. […] Por ora, as partes entram em acordo e o Sindicato encerra a paralisação - com adesão de quase 100% da categoria.”
