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Irmão de Bolsonaro, chefe de gabinete no interior de SP, atua como intermediário de interesses da região junto ao governo

Renato Antônio Bolsonaro é chefe de gabinete da prefeitura de Miracatu, interior de São Paulo

Jair Bolsonaro e Renato Antônio Bolsonaro (Foto: Reprodução)

247 - Renato Antônio Bolsonaro, chefe de gabinete da prefeitura de Miracatu, tem atuado como intermediador de verbas e demandas dos municípios da Baixada Santista e do Vale do Ribeira, região Sul de São Paulo, junto ao governo do irmão, Jair Bolsonaro. “Um dos pleitos mais recentes foi a liberação da circulação de cruzeiros marítimos, que estava suspensa por causa da pandemia e costuma movimentar a economia da região”, diz o jornal O Globo

Segundo a reportagem,Renato, que assim como Bolsonaro é capitão da reserva, chamou o amigo pessoal e assessor especial da Presidência Mosart Aragão para discutir o assunto diretamente com o ministro do Turismo, Gilson Machado. 

“Tivemos aqui recentemente por intermediação do Renato, que mora na região, e levou esse pleito da liberação dos cruzeiros marítimos, que estavam parados por conta da pandemia. E a gente levou ao ministro Gilson Machado, que fez a viabilização com o fim dessa pandemia e vacinação da maior parte da população. E, graças a Deus, foi liberado” , disse Aragão  em entrevista a uma rádio de Jaboticabal em novembro do ano passado. 

A temporada de cruzeiros foi retomada em novembro de 2021 e suspensa no início de janeiro em função da variante Ômicron do coronavírus. “As pessoas geralmente procuram o irmão do presidente porque não têm acesso ao presidente”, disse Aragão na ocasião. 

“À mesma rádio, Renato Bolsonaro explicou o seu papel: ‘Nessa função que ele (Bolsonaro) assumiu, eu me coloquei no meu local. Mas deixei o acesso a mim fácil. E as pessoas realmente me procuram, com sugestões, ideias, comentários, às vezes mandando uma lembrança, mandando um mimo. E eu faço essa parte. Direciono ao presidente’”, destaca a reportagem.

A intermediação de Renato resultou no empenho, em 2021, de R$ 6 milhões por parte do Ministério do Turismo por meio do chamado orçamento secreto, utilizado pelo governo Bolsonaro para cooptar o apoio de parlamentares no Congresso. Outros R$ 30 milhões também foram empenhados à cidade de Miracatu pelos ministérios da Cidadania, Saúde e Agricultura.

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