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Jean Wyllys defende plebiscito para eleições

 “Na minha avaliação, eu creio que há, sim, uma chance da Dilma voltar. Se ela voltar, ela sabe que não tem ambiente legislativo e parlamentar para governar, então, quando ela sinalizou que iria consultar a sociedade por meio de um plebiscito eu achei a decisão mais acertada”, disse o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), em entrevista ao programa Contraponto

Jean Wyllys  (Foto: Roberta Namour)
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Por Rede Brasil Atual 

São Paulo – O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) apoia a ideia de a presidenta Dilma Rousseff convocar um plebiscito para eleições gerais no país, caso ela supere o processo de impeachment no Senado e retome seu mandato presidencial. “Na minha avaliação, eu creio que há, sim, uma chance da Dilma voltar. Se ela voltar, ela sabe que não tem ambiente legislativo e parlamentar para governar, então, quando ela sinalizou que iria consultar a sociedade por meio de um plebiscito eu achei a decisão mais acertada”, disse o deputado em entrevista ao programa Contraponto, que foi ao ar ontem (4), às 19h.

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Wyllys acredita que, se convocar o plebiscito, Dilma sai ganhando com qualquer hipótese. “Se a sociedade disser que quer antecipação das eleições gerais, ela sai ganhando porque se a sociedade quer não se pode contrariar essa decisão, pois a maioria quer antecipar as eleições. Então, em 2017 acontecem eleições gerais, deputados e senadores perdem um ano de seus mandatos”, afirmou. “Se, ao contrário, as pessoas disserem que querem que ela governe até 2018, ela também sai vitoriosa. E o Congresso também não vai ter o argumento de dizer que está sabotando ela porque a população não quer mais esse governo”, disse.

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O deputado destacou ainda que Dilma já sinalizou que vai governar mais com a sociedade civil organizada e menos com o Congresso. “Para usar as palavras dela, ela disse que cometeu erros e não crimes. E eu concordo: ela cometeu erros gravíssimos, que foi ceder cada vez mais a essas forças conservadoras que compunham em tese a base do governo.”

Nesta entrevista, Wyllys fala também da "vergonha" e "constrangimento" da votação do processo de impeachment na Câmara, em 17 de abril, quando parlamentares aprovaram a admissibilidade do processo. “O tiro saiu pela culatra, porque o Brasil se mirou naquele espelho e não gostou do que viu ali. O mundo sentiu vergonha alheia e a maioria dos brasileiros, mesmo os que eram favoráveis ao impeachment, ficou envergonhada com as falas (dos deputados), com aquele sistema político que foi desnudado ali, e de alguma maneira a imagem refletida naquele espelho não é totalmente mentira”, afirmou.

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Wyllys disse que há um crise de representatividade que assola o meio político. “Aquele Congresso Nacional não representa a diversidade brasileira. Se a gente pensar na quantidade de mulheres que tem lá representadas, se pensar na quantidade de pessoas autodeclaradas negras, ou afrodescendentes, se a gente pensar na quantidade de homossexuais: só tem um assumido que sou eu, e é importante dizer assumido. Não tem povos indígenas ali representados, poucos representantes dos sindicatos dos trabalhadores, só o sindicato patronal está ali verdadeiramente representado, e as corporações comerciais.”

Segundo ele, no entanto, a crise de representatividade não é exclusividade do Brasil. "Há uma crise da representação política no mundo, porque há uma transformação em curso no mundo, uma transformação decorrente dessa globalização tardia, sobretudo a que se dá por meio das novas tecnologias de comunicação e informação, e isso tem imposto sobre os sistemas políticos uma exigência de transparência e os sistemas políticos nem sempre respondem", destacou.

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