Justiça do Rio bloqueia R$ 122 milhões de Eike Batista
Medida foi decretada a partir de um pedido no Ministério Público, depois que o empresário, em crise e renegociando dívidas bilionárias, transferiu bens para o nome de seus filhos, Olin e Thor; Eike doou duas casas, uma em Angra dos Reis e outra na capital do Rio, que, juntas, valem cerca de R$ 50 milhões; caso Eike não tenha dinheiro suficiente para honrar todas as suas dívidas, as doações poderão ser lesivas aos credores de seu grupo empresarial, EBX
Rio 247 – A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou o sequestro de bens no valor de R$ 122 milhões do empresário Eike Batista.
A decisão foi tomada com base em um pedido do Ministério Público e acontece depois da notícia de que Eike doou duas casas aos seus filhos, Thor e Olin.
No último fim de semana, reportagem na Folha de S. Paulo noticiou que o empresário transferiu para os filhos duas residências que, juntas, valem R$ 50 milhões.
A transferência ocorreu em junho do ano passado, quando Eike já vivia uma crise e renegociava dívidas bilionárias com credores de seu grupo empresarial, EBX.
Caso ele não tenha dinheiro suficiente para honrar todas as suas dívidas, a transferência dos bens para os herdeiros poderiam ser lesivas aos credores.
O advogado de Eike, Ary Bergher, pretende recorrer da decisão. Leia abaixo reportagem anterior do 247 sobre a doação.
Eike transfere bens de R$ 50 milhões aos filhos
O empresário Eike Batista transferiu aos seus dois filhos Thor e Olin suas principais residências, uma na cidade do Rio de Janeiro e outra em Angra dos Reis. As duas casa, juntas, valem atualmente no mínimo R$ 50 milhões, de acordo com avaliação de mercado feito por reportagem da Folha de S. Paulo.
Na escritura, o valor dos imóveis é declarado como R$ 15 milhões para a casa carioca e R$ 3,7 milhões para a de Angra. O valor mínimo de R$ 50 milhões foi dado a partir de um cálculo de uma corretora consultada pelo jornal. A primeira está avaliada hoje em R$ 30 milhões e a segunda, R$ 22 milhões, considerando apenas seus 16.500 metros quadrados de terreno, sem levar em consideração estruturas como hangar para barcos e heliponto.
As doações de Eike ocorreram em junho do ano passado, quando o empresário já vivia uma crise em seus negócios. Na ocasião, ele renegociava dívidas bilionárias com os credores de seu grupo empresarial, o EBX. Nesse período, também, a petroleira OGX e o estaleiro OSX enfrentavam situações bastante delicadas e já haviam pedido recuperação judicial. Eike Batista é investigado por causar prejuízos bilionários aos investidores.
De acordo com advogados especializados em direito imobiliário e falências, caso Eike não tenha dinheiro para honrar todas as dívidas que assumiu como pessoa física, as doações podem ser lesivas aos credores.
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