Kakay ironiza incoerência do MP, mas defende presunção de inocência de procurador acusado de receber propina
"A incoerência destes Procuradores é um avanço. Precisamos defender para estes procuradores da força-tarefa presunção de inocência", afirmou o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, em referência ao procurador da Lava Jato Januário Paludo, após a revelação de que ele recebeu propina para proteger o doleiro Dario Messer
247 - O advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, afirmou que é preciso garantir ao procurador da Operação Lava Jato Januário Paludo o direito à ampla defesa, após a revelação de que ele recebeu propina para proteger Dario Messer, o "doleiro dos doleiros". O advogado, no entanto, defendeu uma "investigação séria" sobre o procurador.
"Precisamos manter a coerência e defender para este Procurador os direitos pelos quais sempre lutamos", disse Kakay. "A incoerência destes Procuradores é um avanço. Precisamos defender para estes procuradores da força-tarefa presunção de inocência, o direito à ampla defesa, o devido processo legal e a certeza de que só serão presos após o trânsito em julgado", acrescentou.
O advogado destacou ser "interessante notar que a força-tarefa, hoje coordenada pelo Deltan - após a saída do seu verdadeiro chefe que era o juiz Moro - já soltou nota jurando inocência deste seu membro ilustre. Não houve pedido de prisão e nem pre julgamento como seria o caso se fosse um político ou um empresário".
"Devemos estar atentos e lembrar que o grupo de WhatsApp dos procuradores que foi descoberto pelo Intercept chama OS FILHOS DE JANUÁRIO. Vamos agora esperar uma investigação séria sobre este JANUÁRIO e sua turma. Mas vamos garantir a organização a plenitude dos direitos constitucionais. Como ensina o poeta maranhense: a vida dá, nega e tira".
