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Líder de ato neonazista em 2011 organiza carreatas em apoio a Bolsonaro em SP

Um dos líderes da manifestação pró-Bolsonaro, Eduardo Thomaz foi candidato a prefeito pelo PSL em Mairinque, na Grande São Paulo, nas eleições municipais de 2020

Eduardo Thomaz concedeu entrevista em ato com grupos neonazistas, em 2011; ele segue apoiando o presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/Instagram e Reprodução/TV Gazeta)

Brasil de Fato - O militante de extrema-direita Eduardo Thomaz, um dos líderes de manifestação que reuniu grupos neonazistas em apoio ao então deputado federal Jair Bolsonaro, em 2011, na Avenida Paulista, em São Paulo, é um dos organizadores de carreatas e motociatas em favor do atual presidente da República.

Thomaz foi uma das figuras públicas da manifestação de rua ocorrida 10 anos atrás. Na ocasião, disse que o ato foi motivado por "solidariedade" a Bolsonaro, criticado por declarações homofóbicas feitas durante entrevista ao programa CQC, exibido pela TV Bandeirantes.

À época, o então deputado disse à cantora Preta Gil que não correria o risco de ver seus filhos apaixonados por uma negra porque teriam sido bem educados. Em reação, grupos neonazistas convocaram manifestação de apoio ao congressista no Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Em entrevista à TV Gazeta durante a manifestação, Thomaz se identificou como integrante do grupo Ultra Defesa. "A gente está dando apoio ao deputado Bolsonaro porque ele representa a família brasileira. Nós temos direito de apoiar ele", afirmou.

Em seu site, o Ultra Defesa afirma que seus princípios fundamentais são “Deus, Brasil e Família”. Os integrantes do grupo também são adeptos da “Saudação Romana”, que é o ato de estender o braço para a frente com a palma da mão para baixo.

Também estiveram presentes no ato vários grupos neonazistas como o Kombat RAC. Alguns se identificavam com roupas, bandeiras e tatuagens alusivas ao nazismo. Grupos de esquerda apareceram no Masp para protestar contra os nazistas, e a Polícia Militar precisou fazer um cordão de isolamento para evitar o confronto.

Questionado sobre a manifestação, Bolsonaro afirmou que não poderia estar presente, mas apoiou o ato: “Fico feliz se o movimento for voltado contra as propostas que estão aí, de invadir as escolas de primeiro grau simulando o homossexualismo e preparando nossos jovens para a pedofilia”.

Um dos líderes da manifestação, Thomaz foi candidato a prefeito pelo PSL em Mairinque, na Grande São Paulo, nas eleições municipais de 2020. À época, Bolsonaro já não integrava mais o partido. Mesmo assim, sua campanha foi referenciada no presidente.

Nas redes sociais, Thomaz também se vangloria de ser um dos organizadores de carreatas e motociatas a favor do presidente. O militante também exibe fotografia com o ministro-chefe do Gabinete Segurança Institucional, o general Augusto Heleno.

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