Líder de milícia no RJ, Zinho divide ala com rivais e suspeitos de homicídio em prisão de segurança máxima

247 - Apontado como líder da maior milícia no Rio de Janeiro, Luis Antonio da Silva Braga, conhecido como Zinho, encontra-se recluso em uma unidade de segurança máxima do estado. De acordo com reportagem do jornal Folha de S. Paulo, Zinho compartilha espaço com outros 11 detentos, incluindo oito suspeitos de participação em seu grupo criminoso, um representante de facção rival e dois matadores de aluguel.

Entre os vizinhos de cela de Zinho, estão Leonardo Gouvêa da Silva e Leandro Gouvêa da Silva, conhecidos como Mad e Tonhão, respectivamente. Ambos foram condenados por integrar o chamado Escritório do Crime, um grupo de assassinos contratados que atuava principalmente em favor de contraventores.

Mad assumiu o comando do Escritório do Crime em fevereiro de 2019, após a morte do ex-capitão do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), Adriano Magalhães da Nóbrega, segundo registros da Justiça.

Zinho se entregou às autoridades na véspera de Natal na Superintendência da Polícia Federal, na região portuária do Rio. Contudo, desde então, mantém-se em silêncio, ignorando as tentativas de interação dos demais presos que também permanecem isolados em suas celas.

Apesar da defesa negar a liderança de Zinho na milícia, a Justiça manteve sua prisão nesta terça-feira (26), alegando sua "elevadíssima periculosidade". A advogada de Zinho, Leonella Vieira, contesta as acusações, afirmando que estas se baseiam em inferências do Ministério Público do RJ.