Monica Seixas, do PSOL, pede cassação de vice-presidente da Assembleia de SP que sugeriu colocar 'cabresto' nela
A deputada apontou "racismo e machismo" quando protocolou uma representação contra o deputado Wellington Moura (Republicanos) na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Alesp
247 - A deputada estadual Monica Seixas (PSOL) pediu a cassação do mandato do vice-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), deputado Wellington Moura (Republicanos), após o parlamentar ter dito que iria "sempre colocar um cabresto" na boca dela. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, a pessolista apontou "racismo e machismo" quando protocolou uma representação contra o deputado na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia.
"Quero dizer a ela [Monica Seixas] que ontem [terça, 17], num momento que eu estava presidindo a sessão, ela estava importunando o plenário [...] é o que vossa excelência faz. Sempre. Várias vezes. Mas num momento que eu estiver ali [presidindo a sessão], eu vou sempre colocar um cabresto na sua boca porque não vou permitir que vossa excelência perturbe a ordem", disse Moura na ocasião.
Na representação, a deputada afirma que "houve ofensa à dignidade e decoro em sua forma mais vil e cruel que é utilizando uma ferramenta que pessoas negras escravizadas eram submetidas para que se calassem e servissem ao escravocrata".
O documento apontou que o parlamentar "animaliza" Seixas "assim como os escravocratas num período já condenado da história do Brasil".
Em nota, o deputado Wellington Moura disse ter usado a palavra cabresto "no contexto de dizer: algo que controla, contendo então as palavras dela na qual se utilizava para se manifestar ao deputado Douglas Garcia em um momento em que ela não poderia se manifestar por questões regimentais".
"De forma nenhuma eu disse que colocaria uma embocadura ou arreio de corda em sua boca, como ela está alegando. A deputada sempre teve meu respeito e assim continuará, mas o respeito deve ser mútuo", segue ele. "Meu comportamento não foi e nunca será machista. A situação levou a ser uma mulher na ocasião. Se fosse homem eu teria falado a mesma coisa".
O parlamentar afirmou que processará a deputada civilmente e criminalmente por "calúnia, danos morais e tudo o que couber", além de protocolar uma representação contra ela no conselho de ética. "A Monica pegou o microfone e tentou impedir o Douglas [Garcia] de falar. Isso não pode. Eu, como líder da bancada, falei que não podia fazer aquilo. E ali começou uma discussão, e uma discussão começa a ser áspera. É natural, quando começa uma conversa mais áspera, se aponta o dedo", disse.
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