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Morte de PMs em serviço tem queda recorde e atinge menor índice em 30 anos no estado de SP

Quatro policiais morreram em todo o estado durante o trabalho no ano passado, três deles em acidentes de trânsito durante deslocamentos com viaturas

(Foto: Reprodução)
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247 - A Polícia Militar de São Paulo registrou em 2021 o menor número de agentes mortos em serviço desde que esses números passaram a ser contabilizados, há 31 anos. Quatro policiais morreram em todo o estado durante o trabalho no ano passado, três deles em acidentes de trânsito durante deslocamentos com viaturas. A redução foi de 78% na comparação com 2020. Atualmente, a corporação tem 82 mil agentes.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o recorde de mortos a trabalho foi em 1999, com 42 vítimas.

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A queda no número de mortes de policiais coincide com a implantação do programa de câmeras corporais com o sistema grava-tudo, o "Olho Vivo". 

As estatísticas contrariam a tese de críticos do programa de que o uso de câmeras deixaria os agentes mais expostos. Segundo esse raciocínio, os PMs deixariam de agir por medo de serem punidos, o que aumentaria o risco de morte. A tese foi defendida principalmente por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), como o pré-candidato ao governo paulista Tarcísio Freitas (Republicanos).

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Segundo o diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, é possível atribuir parte da redução de mortes de PMs ao uso das câmeras corporais, mas dentro de uma ação do comandante da PM, o coronel Fernando Alencar Medeiros, de fiscalização da tropa.

"Quando o comando segura, quando tem uma fiscalização mais forte da tropa, reduz o número de confrontos. E reduzindo o número de confrontos, tanto de um lado quanto do outro, existem menos mortes. É uma política de controle maior de comando que faz que a polícia acabe tendo resultados positivos, tanto na redução dos confrontos, quanto na redução dos policiais mortos, sobretudo. Então, tem tudo a ver com o comando, com o controle", disse.

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De acordo com a socióloga Viviane de Oliveira Cubas, do NEV (Núcleo de Estudo da Violência) da USP, a implantação das câmeras pode ter gerado efeitos que ajudam a explicar a redução das mortes de PMs em confronto, mas são necessários mais estudos sobre isso.

"A lógica é assim: quando eu vou abordar um veículo, eu tento buscar o melhor lugar para eu me abrigar, para poder abordá-lo. Eu uso comando de voz, tento levar a outra pessoa a exaustão, para que ela faça o que estou pedindo, obedeça aos meus comandos, para que eu não tenha que fazer o uso da arma", acrescentou.

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