MPF: mulher de Cabral recebia até R$ 300 mil de propina em escritório
Toda semana, às sextas-feiras, a advogada Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB), recebia em seu escritório, no Centro do Rio, uma mochila com dinheiro; os valores variavam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil; de acordo com a Força-Tarefa da Operação Lava Jato no MPF-RJ, esse dinheiro são propinas pagas à organização criminosa que seria comandada por Cabral; a mulher dele foi presa por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, do Rio
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Rio 247 - Toda semana, às sextas-feiras, a advogada Adriana Ancelmo, esposa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), recebia em seu escritório, no Centro do Rio de Janeiro, uma mochila cheia de dinheiro. Os valores variavam entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. De acordo com a Força-Tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF-RJ), esse dinheiro são propinas pagas à organização criminosa que seria comandada por Cabral. A mulher dele foi presa, nesta terça (6), por decisão do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, do Rio.
Os investigadores conseguiram os esclarecimentos a partir do depoimento da secretária de Adriana e de fotos obtidas na portaria do prédio onde fica o escritório. No local, há fotografias de Luiz Carlos Bezerra, que, segundo a força-tarefa, era o responsável por recolher a propina junto às empreiteiras, além de estar envolvido no esquema de lavagem de dinheiro junto a joalherias.
Ao atender o pedido doMPF e expedir o mandado de prisão de Adriana, o juiz argumentou que não faltam pessoas próximas para esconder joias ou auxiliar Adriana a manter os crimes da quadrilha escondidos. "A permanência de Adriana Ancelmo em liberdade representa evidente risco à ordem pública, sendo grande a probabilidade de que a mesma continuará na prática de ilícitos e persevere na ocultação do produto dos crimes perpetrados contra a Administração Pública", afirmou Bretas.
O dinheiro da propina entregue à Adriana Ancelmo era usado para pagar as contas do cartão de crédito da ex-primeira-dama ou repassado para os familiares de Adriana ou de Sérgio Cabral. Os investigadores obtiveram o registro de, pelo menos, 19 visitas de Bezerra a Adriana Ancelmo. Além de 98 contatos telefônicos entre eles.
Em depoimento à Polícia Federal, a ex-primeira-dama disse não ter relação com Luiz Carlos Bezerra. "Luiz Carlos Bezerra é um amigo de Sérgio Cabral da época da juventude e não tem qualquer relação financeira com a sua família. Não tem conhecimento da razão da existência de contabilidade de Carlos Bezerra (como é chamado) em nome de sua família...", disse Adriana à PF.
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