MPT resgata 32 pessoas de trabalho análogo à escravidão em fornecedora da marca de açúcar Caravelas em SP
A Caravelas disse que atuou de forma imediata ao saber do caso
247 - O Ministério Público do Trabalho resgatou em 26 de janeiro deste ano 32 homens em situação de trabalho análogo à escravidão em Pirangi, a 380 km de São Paulo, em uma fazenda que fornece cana-de-açúcar à marca Caravelas.
O resgate foi uma operação conjunta envolvendo também o Ministério do Trabalho e Previdência, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União e a Polícia Rodoviária Federal.
Os homens eram de cinco cidades mineiras – Francisco Badaró, Minas Novas, Turmalina, Jenipapo de Minas e Berilo – e foram levados a SP por dois homens, que ofereceram emprego e salário.
Segundo relatos, os trabalhadores tiveram que arcar com o custo de 320 reais pela viagem, ainda que tenham sido transportados de forma clandestina em duas vans, segundo a investigação.
Os alojamentos tinham colchões velhos, forros rasgados, fogões e geladeiras em péssimo estado, banheiros em condições precárias de higiene e instalações elétricas expostas.
Os homens trabalhavam para uma terceirizada que faz capina e replante de mudas na fazenda, fornecedora da Colombo Agroindústria, dona da marca de açúcar refinado Caravelas. A Caravelas disse que atuou de forma imediata ao saber do caso e que a fazenda trata-se de uma propriedade rural "que não pertence à Colombo, mas uma fazenda arrendada para o plantio". (Com informações da Folha de S. Paulo).