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Museu do Amanhã promove conversa sobre o poema “No meio do Caminho”, de Carlos Drummond, com Flávia Oliveira e Miguel Wisnik

A proposta é iluminar os sentidos da poesia no presente, criando pontes entre palavra, pensamento e sociedade

Museu do Amanhã e o poeta Carlos Drummond de Andrade (Foto: Divulgação)

Por Denise Assis, 247 - Outubro é mês de lembrar Carlos Drummond de Andrade, nascido em Itabira, em 31 de outubro de 1902, no Vale do Aço, em Minas Gerais. E como se para se contrapor à rigidez do ferro da região que lhe serviu de berço, Drummond foi pura poesia, que derramou mundo à fora, além de contista e cronista. 

Dentre os seus poemas de maior destaque, está o “No Meio do Caminho”, que fala dos tropeços do cotidiano, dentro dos cânones modernistas - tendo se tornado um dos textos mais emblemáticos desse estilo. O poema será atração, no próximo dia 30 de setembro, terça-feira, às 17h, no Museu do Amanhã, que recebe a 3ª. edição do projeto “Sempre um Papo – Palavra Acesa”. Desta vez, tendo como convidados o escritor, ensaísta e músico José Miguel Wisnik e a jornalista e comentarista Flávia Oliveira. Os dois terão uma conversa sobre o poema “No meio do Caminho” e todo o simbolismo nele contido.

Drummond, que morreu em agosto de 1987, será representado no evento pelo neto, Pedro Drummond. Ele atuará como mediador da conversa, ao lado do escritor Sérgio Abranches. Caberá ao neto do Poeta fazer a leitura do poema, na abertura. Na oportunidade, Wisnik vai autografar o seu mais recente livro, “A Viagem do Recado – Música e Literatura” (Companhia das Letras).

A proposta é iluminar os sentidos da poesia no presente, criando pontes entre palavra, pensamento e sociedade. A cada encontro, um poema funciona como centelha para a reflexão coletiva, trazendo novas perspectivas sobre amor, política, memória, identidade e futuro. No caso de “No meio do Caminho”, trata-se de revisitar um poema que atravessou décadas de críticas, debates e interpretações, e que permanece vivo como metáfora da experiência humana.

A entrada é gratuita, mediante retirada de ingressos no portal Sympla.

O “Palavra Acesa” é apoiado pelo Ministério da Cultura, Prefeitura do Rio e Museu do Amanhã, com realização da Associação Cultural Sempre um Papo e AB Comunicação e Cultura.

Sobre o “Palavra Acesa”

Em 2025, o Rio de Janeiro será celebrado como Capital Mundial do Livro, reconhecimento concedido pela UNESCO. Nesse contexto, o projeto “Sempre um Papo no Museu do Amanhã – Palavra Acesa”, com o subtítulo “Poemas que iluminam, conversas que transformam”, propõe quatro encontros, um por mês, cada um centrado em um poema da literatura brasileira.

A estreia aconteceu no dia 29 de julho, com a escritora Eliana Alves Cruz e o poeta Fabrício Carpinejar, que conversaram sobre o poema “Soneto de Fidelidade”, de Vinicius de Moraes. O encontro inaugurou a proposta de iluminar o presente por meio da força da poesia. Na sequência, em 20 de agosto, a Ministra Cármen Lúcia e o cantor e compositor Chico César debateram o poema “Que País é Este?”, de Affonso Romano de Sant’Anna. A conversa trouxe à tona reflexões sobre o Brasil contemporâneo, a democracia e a cidadania, mostrando como a poesia segue essencial para interpretar o nosso tempo.

Com 39 anos de trajetória, o Sempre um Papo consolidou-se como referência na formação de leitores e no estímulo ao pensamento crítico. Criado em Belo Horizonte por Afonso Borges, o projeto já realizou mais de 8 mil encontros em 40 cidades brasileiras, com público superior a 3 milhões de pessoas, além de mais de 110 mil inscritos em seu canal no YouTube, onde os encontros são disponibilizados. Foi criado pelo jornalista e escritor Afonso Borges.

Serviço

Sempre um Papo no Museu do Amanhã – Palavra Acesa recebe José Miguel Wisnik e Flávia Oliveira

Poema: “No meio do Caminho”, de Carlos Drummond de Andrade

Dia 30/09, terça-feira, às 17h

Local: Museu do Amanhã (Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro)

Retirada de ingressos gratuitos no Sympla

 

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