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      No Rio, médicos protestam contra problemas na saúde

      Em frente à Secretaria de Estado de Saúde, no centro, a categoria cobrou a abertura de novos leitos e a contratação de mais profissionais; também lembraram que está atrasado o pagamento de serviços de manutenção, limpeza e segurança em algumas unidades; de acordo com sindicato dos médicos, foram fechados cerca de mil leitos nos últimos dez anos no estado, com o encerramento das atividades no Hospital Central do Iaserj e  Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, por exemplo

      Em frente à Secretaria de Estado de Saúde, no centro, a categoria cobrou a abertura de novos leitos e a contratação de mais profissionais; também lembraram que está atrasado o pagamento de serviços de manutenção, limpeza e segurança em algumas unidades; de acordo com sindicato dos médicos, foram fechados cerca de mil leitos nos últimos dez anos no estado, com o encerramento das atividades no Hospital Central do Iaserj e  Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, por exemplo (Foto: Leonardo Lucena)
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      Isabela Vieira - Repórter da Agência Brasil

      Um grupo de médicos protestou nesta quinta-feira (9) contra a situação da rede pública de saúde no estado do Rio de Janeiro. Em frente à Secretaria de Estado de Saúde, no centro, cobraram a abertura de novos leitos e a contratação de mais profissionais. Também lembraram que está atrasado o pagamento de serviços de manutenção, limpeza e segurança em algumas unidades.

      Em resposta aos médicos, a secretaria estadual de Saúde divulgou um comunicado afirmando que "respeita a atuação do Cremerj [Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro] e está a disposição do Conselho. Vale lembrar ainda que representantes do Cremerj já foram recebidos na secretaria em diferentes ocasiões para discutir a saúde estadual".

      De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sinmed), Jorge Darze, foram fechados cerca de mil leitos nos últimos dez anos no estado, com o encerramento das atividades no Hospital Central do Iaserj (Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro) e no Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, por exemplo. Agora, segundo ele, "cabe à população peregrinar por leitos ou acabar espremida nos corredores de alas de emergência".

      "O que está acontecendo no Rio de Janeiro é uma política genocida de saúde, é um crime de lesa humanidade", disse Darze, durante o protesto. "A saúde pública não é uma benesse, é um direito da população previsto na Constituição", completou o presidente do sindicato.

      Para cobrar o governo, o Cremerj, que participou da manifestação, entrou com uma representação na Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, na semana passada, para que sejam investigadas omissões na saúde pelo governador do estado, Luiz Fernando Pezão. Segundo o presidente do Cremerj, Pablo Vazquez Queimados, a situação é de negação do atendimento a quem precisa.

      "O governador suspendeu as firmas de manutenção e de limpeza e de segurança. Fora isso, cancelou o atendimento ao trauma ortopédico do idoso que estava sendo feito no Hospital da Ordem Terceira da Penitência (hospital privado, remunerado por transplante e trauma ortopédico de idosos), e redirecionou às emergências", criticou Vazquez, lembrando que as emergências do estado estão lotadas. "Isso interfere na recuperação do idoso, porque o idoso se recupera melhor quando a cirurgia é feita depois do trauma e, agora, vai ter que esperar", afirmou o presidente do Cremerj.

      A representação do Cremerj à Procuradoria-Geral também lista problemas no Instituto Estadual de Cardiologia Aloysio de Castro (Ieacac), nos hospitais estaduais Darcy Vargas, Rocha Faria e Carlos Chagas, como escassez de materiais, falta de profissionais e superlotação.

      No Hospital Carlos Chagas, a médica pediatra Mônica Vieira, que trabalha na unidade resumiu: "Tem dias que nem os profissionais conseguem passar entre as macas [nos corredores]. A emergência está cheia, cheia, cheia, de um lado e de outro e o paciente fica sem assistência", revelou.

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