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No Rio, professor é impedido de receber vacina por estar protestando contra Bolsonaro

O professor Luiz Carlos Gomes de Oliveira e sua esposa, Dirlene Oliveira, vestiam uma camiseta com críticas a Jair Bolsonaro

Luiz Carlos Gomes de Oliveira e Dirlene Oliveira (Foto: Reprodução | ABr)

247 - O professor Luiz Carlos Gomes de Oliveira, 61 anos, foi impedido de receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em um quartel do Corpo de Bombeiros no Rio de Janeiro por estar vestindo uma camiseta com críticas a Jair Bolsonaro.

Estava escrito na roupa do professor: "a segunda dose da vacina nos livra da covid-19. O que nos livrará do Bolsovírus será o impeachment ou seu voto em 2022". O caso aconteceu nesta segunda-feira (12) no Grupamento de Busca e Salvamento, na Barra da Tijuca.

A esposa de Luiz, a professora aposentada Dirlene Oliveira, 61 anos, também usava uma camiseta idêntica à do marido.

O casal disse também ter utilizado uma camiseta de protesto no mesmo quartel quando foram receber a primeira dose do imunizante.

Eles relataram que um soldado os avisou que o comandante do quartel não permitiria a vacinação de pessoas que estivessem com cartazes ou camisetas com mensagens políticas.

"O soldado foi super gentil e educado, estava cumprindo ordens. Eu apenas pensei: 'Se eu estivesse falando bem do Bolsonaro, poderia entrar?'", questiona Luiz. "Me senti na adolescência, quando vivemos na ditadura. Naquela época, a censura era extremamente violenta e as liberdades completamente cerceadas. Foi uma volta negativa no tempo e uma violação dos nossos direitos", completa.

Para o professor, é importante denunciar o caso para evitar que "as liberdades sejam ameaçadas". "A questão não é só a minha roupa. É além, é o que está acontecendo no país. Esse tipo de atitude está começando a ganhar corpo, a ferir nossa liberdade".

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