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Sudeste

Número de escolas fechadas no Rio por operações policiais é maior que o registrado em 2022

A violência também afeta unidades de saúde, que neste ano precisaram fechar o dobro de vezes em relação ao ano passado

Operação “contra o tráfico de drogas” na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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247 - Os balanços das secretarias municipais de Educação e Saúde revelam um aumento constante dos danos infligidos aos estudantes e pacientes devido a ações policiais e confrontos entre facções nas favelas do Rio de Janeiro, informa o jornal O Globo. Até 2 de outubro deste ano, o número de encerramentos de escolas da prefeitura devido à violência ultrapassou os registros de 2022. No que diz respeito às instalações de atendimento médico municipais em comunidades, os fechamentos ocorreram quase o dobro em comparação ao ano passado.

De acordo com informações da Secretaria Municipal de Educação, até 2 de outubro deste ano, 500 escolas tiveram que suspender suas atividades pelo menos uma vez devido a tiroteios. Isso se traduz em um total de 2.259 interrupções afetando 176 mil alunos. Em contraste, no ano anterior, 405 unidades escolares interromperam as atividades uma ou mais vezes, totalizando 2.128 ocorrências e afetando 160 mil estudantes.

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O secretário municipal de Educação, Renan Ferreirinha, considera a ausência de aulas por um único dia como uma tragédia. Ele destaca que a situação no Rio de Janeiro requer ação diária, a partir das 4h, por parte da Gerência de Segurança Escolar da pasta, que coleta informações de fontes como o Centro de Operações Rio (COR) para avaliar possíveis intercorrências que possam afetar as escolas. Além disso, diretores das unidades podem usar o aplicativo Escola Segura para alertar sobre interferências, muitas vezes relatadas pelos responsáveis dos alunos, que utilizam meios como o WhatsApp para comunicar tais situações. "Muitas vezes, em casos de guerras de facção, por esses canais a gente descobre que há um confronto antes mesmo de sermos avisados por uma força oficial. Eu faço um clamor que a educação seja priorizada e que a escola seja entendida como um lugar neutro, não afetado pela fuga de bandidos, por operações policiais ou pelo fogo cruzado", diz Ferreirinha.

No decorrer deste ano, o sistema de Saúde municipal registrou um total de 639 encerramentos completos de unidades até o momento. Em contrapartida, no ano de 2022, foram contabilizados 368 casos semelhantes. Quando se somam a esses números as interrupções parciais de clínicas e a suspensão dos atendimentos em residências, o total de ocorrências saltou de 1.301 no ano passado para 2.402 em 2023. "Este ano, uma paciente morreu baleada em frente à Clínica da Família Edma Valadão, em Acari. Isso desestabiliza todo mundo. Além das horas de não trabalho, a situação nos leva a ter mais dificuldade de lotação de profissionais nesses territórios. A taxa de rotatividade, o chamado turnover, é quatro vezes maior nas áreas com maior incidência da violência urbana do que no restante da cidade", diz o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

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