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      Número de homicídio cai 33% em 10 anos no Rio

      A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes no Rio caiu 33,3% de 2004 a 2014; é o que aponta o Atlas da Violência, estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP); o estado também registrou redução houve uma diminuição de 33,1% do número de jovens assassinados, e de 11,7% na quantidades de mulheres mortas; o País atingiu a marca recorde de 59.627 mil homicídios em 2014, uma alta de 21,9%; isso significa que cerca de 10% de todos os homicídios no mundo, em 2014, ocorreram no País, deixando-o como campeão de mortes por homicídio  

      A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes no Rio caiu 33,3% de 2004 a 2014; é o que aponta o Atlas da Violência, estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP); o estado também registrou redução houve uma diminuição de 33,1% do número de jovens assassinados, e de 11,7% na quantidades de mulheres mortas; o País atingiu a marca recorde de 59.627 mil homicídios em 2014, uma alta de 21,9%; isso significa que cerca de 10% de todos os homicídios no mundo, em 2014, ocorreram no País, deixando-o como campeão de mortes por homicídio   (Foto: Leonardo Lucena)
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      Rio 247 - A taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes no Rio caiu 33,3% de 2004 a 2014. É o que aponta o Atlas da Violência, estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), divulgado nesta terça-feira (22).

      O estado também registrou redução houve uma diminuição de 33,1% do número de jovens assassinados – dado quase correspondente ao total do número de homicídios em geral. Em números absolutos, o número de jovens entre 15 e 29 anos mortos no Rio foi de 2.703 em 2014, último ano disponibilizado pela pesquisa. Entre 2004 e 2014, o houve média de nove pessoas daquela idade assassinadas por dia.

      Os homicídios da juventude colocam o Rio no terceiro lugar de mortes nesta faixa etária, ficando atrás somente de Bahia e Ceará. 

      O número de assassinatos de mulheres no Rio apresentou caiu 11,7% entre 2004 e 2014, mas no último ano da pesquisa houve um aumento. De 2013 para 2014, por exemplo, o índice subiu de 15,5% (de 386 para 446).

      Analisando os 10 anos em que a pesquisa foi realizada, as vítimas fatais femininas chegaram a 4.549, o que representa uma média de 1,2 mulheres mortas por dia entre 2004 e 2014.

      No último ano, o estado registrou o segundo maior número absoluto de mortes de mulheres. O Rio cai para a 13ª posição, levando em consideração a taxa de homicídio de mulheres por 100 mil mulheres.

      Dados nacionais e de outros estados

      O Brasil registrou a marca recorde de 59.627 mil homicídios em 2014, uma alta de 21,9%. A média de 29,1 para cada grupo de 100 mil habitantes também é a maior já registrada na história do país, e representa uma alta de 10% em comparação à média de 26,5 registrada em 2004. Cerca de 10% de todos os homicídios no mundo, em 2014, ocorreram no Brasil. Em números absolutos, foram 59,6 mil assassinatos, o que coloca o Brasil como campeão de mortes por homicídio. 

      Entre 2010 e 2014, aumentou o número de estados com queda nas taxas de homicídios, passando de oito para 12 unidades federativas, com destaque para quedas no Paraná (-20,9%) e no Espírito Santo (-14,8%), estado que saiu pela primeira vez, desde 1980, da lista dos cinco estados mais violentos do país a partir de 2013. A taxa de homicídios caiu 1,3% e o posicionou junto a outros estados que, além do Rio, diminuíram essas taxas, como São Paulo (-52,4%), Pernambuco (-27,3%), Rondônia (-14,1%), Mato Grosso do Sul (-7,7%) e Paraná (-4,3%).

      Os seis estados com crescimento superior a 100% nas taxas de homicídios pertencem ao Nordeste. Pernambuco destoou dos demais estados da região, ao registrar queda de 27,3% no número de homicídios. O Rio Grande do Norte teve aumento de 360,8% na taxa de homicídios em dez anos. Logo atrás vem Maranhão (209,4%) e Ceará (166,5%).

      Morte de negros

      Entre 2004 e 2014, o estudo mostra que houve alta na taxa de homicídio de afrodescendentes (+18,2%) e diminuição no número de homicídios de outros indivíduos que não de cor preta ou parda (-14,6%). Em 2014, para cada não negro assassinado, morreram 2,4 indivíduos negros.

      O estudo sugere que uma possível explicação para esse resultado é o fato de a taxa de homicídio ter diminuído mais nas unidades federativas onde há proporcionalmente menos negros, como no Sudeste e Paraná, e ter crescido nos estados com maior população afrodescendente, como em vários estados do Nordeste. Proporcionalmente, a violência contra a população negra é maior em quase todas as unidades da federação, à exceção de Roraima e Paraná.

      No Rio Grande do Norte, a taxa de vitimização de negros aumentou 388,8% entre 2004 e 2014. Por outro lado, houve redução de 61,6% na vitimização de negros em São Paulo, no mesmo período.

      Violência de gênero

      Treze mulheres foram assassinadas, por dia, em 2014. A taxa de homicídios entre mulheres apresentou crescimento de 11,6% entre 2004 e 2014. A distribuição dessas mortes aparece de maneira bastante desigual no país. Enquanto o estado de São Paulo reduziu em 36,1% esse crime – embora em ritmo menor que o registrado entre os assassinatos de homens, que teve redução de 53% – outras localidades apresentaram crescimento de 333%, como o Rio Grande do Norte.

      No período de 2004 a 2014, 18 estados apresentaram taxa de mortalidade por homicídio de mulheres acima da média nacional (4,6), com destaque para Roraima (9,5), Goiás (8,8), Alagoas (7,3), Mato Grosso (7,0) e Espírito Santo (7,1).

      O estudo reforça a importância de políticas públicas voltadas para o combate da violência contra a mulher, com ações específicas que considerem os vínculos estabelecidos entre a vítima e seu agressor, as relações de dependência financeira ou emocional, bem como as redes de atendimento e os serviços disponíveis para proteter e garantir a segurança dessas mulheres.

      *Com Agência Brasil

       

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