Oposição vai entrar com ação no Conselho de Ética contra deputados
Deputados estaduais do Psol afirmaram que vão entrar com uma ação no Conselho de Ética da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) contra o presidente da Casa, deputado Jorge Picciani (PMDB), Alberto Albertassi (PMDB) e Paulo Melo (PMDB), cujas prisões voltaram a ser determinadas mais cedo pelo TRF-2; o Conselho de Ética da Alerj é presidido por Albertassi, que se licenciou do mandato parlamentar no fim de semana; as punições na comissão vão desde advertência à cassação do mandato
Jornal do Brasil - Deputados estaduais do Psol afirmaram, nesta terça-feira (21), que vão entrar com uma ação no Conselho de Ética da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) contra o presidente da Casa, deputado Jorge Picciani (PMDB), Alberto Albertassi (PMDB) e Paulo Melo (PMDB), cujas prisões voltaram a ser determinadas mais cedo pelo TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região).
O Conselho de Ética da Alerj é presidido por Albertassi, que se licenciou do mandato parlamentar no fim de semana, após ser solto em decisão da Casa Legislativa na última sexta-feira (17). As punições na comissão vão desde advertência à cassação do mandato.
De acordo com a Procuradoria Regional da República da 2ª Região, o presidente da Alerj, Jorge Picciani, seu antecessor Paulo Melo e o segundo vice-presidente, Edson Albertassi, formam uma organização que vem se estruturando de forma ininterrupta desde a década de 1990. O grupo contaria com a participação ainda do ex-governador Sérgio Cabral, que também foi deputado estadual e já presidiu a Alerj.
Ainda de acordo com a Procuradoria, eles “vêm adotando práticas financeiras clandestinas e sofisticadas para ocultar o produto da corrupção, que incluiu recursos federais e estaduais, além de repasses da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor)”.
O Ministério Público Federal afirma que Jorge Picciani e Paulo Melo receberam mais de R$ 112 milhões em propinas num período de cinco anos. "Planilhas dizem para nós que, no período de 15 de julho de 2010 a 14 de julho de 2015, foram pagos da conta da Fetranspor para Picciani R$ 58,58 milhões, e para Paulo Melo R$ 54,3 milhões. Desse dinheiro, parte foi paga a mando de Sérgio Cabral. Havia um projeto de poder de enriquecimento ilícito por muitos integrantes do PMDB Rio”, disse a procuradora Andréa Bayão Pereira Freire.
O MPF identificou que a indicação de Albertassi para uma vaga de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado (TCE) pode ter sido uma manobra para que a organização criminosa retome espaços perdidos com os afastamentos de conselheiros determinados pelo STJ, e também uma forma de atrapalhar as investigações, ao deslocar a competência para a apuração dos fatos e tirar o caso do TRF2. Esta é a primeira vez em que uma investigação ligada à Lava Jato é conduzida por um TRF.
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