Ouvidor das polícias de SP visita comunidades e vê 'intimidação' da PM após 39 mortes
Ouvidor Cláudio Aparecido da Silva visita as comunidades da Baixada Santista, onde foram registradas mortes de considerados suspeitos na Operação Verão
247 - Graves violações dos direitos humanos: O ouvidor da Polícia do Estado de São Paulo, Cláudio Aparecido da Silva, afirmou em visita à Baixada Santista que os boletins de ocorrência registrados nas ações que resultaram em 39 mortes de suspeitos na Operação Verão são um "copia e cola". De acordo com apuração do G1, ele citou, ainda, que os moradores das comunidades onde a ação é realizada têm sofrido com intimidação e, por isso, não tem recebido denúncias.
As mortes na Operação Verão começaram em 3 de fevereiro, após o assassinato do PM da Rota Samul Wesley Cosmo, no dia 2. Na visita à região, o ouvidor das policias de SP junto com representantes de entidades dos Direitos Humanos estiveram em São Vicente e Cubatão.
Ao portal UOL, famílias alegam que houve tortura. Irmã de um dos mortos pela polícia na Baixada Santista, Juliana Ramos Miranda, 34, diz que Jefferson Ramos Miranda, 37, foi baleado e torturado. Jefferson morreu em uma ação policial no dia 9 de fevereiro no Morro São Bento, em Santos. Além dele, Leonel Andrade Santos, 36, morreu na mesma ação. As famílias também contestam a versão de confronto. As pessoas que testemunharam a ação da PM que causou a morte de Jefferson e Leonel contestam a versão da polícia, que alega que eles foram mortos após atirar contra os agentes.