Padre é acusado de assediar e violentar sexualmente monges em Minas Gerais
Os crimes sexuais foram cometidos, de acordo com os relatos, pelo menos de 2011 até 2018, quando ele se afastou do mosteiro
247 - Relatos colhidos pela reportagem do portal UOL, com integrantes do mosteiro dão conta de que Ernani Maia dos Reis, líder do Mosteiro Santíssima Trindade, na cidade mineira de Monte Sião, padre da Igreja Católica desde 2009, violentou e assediou sexualmente pelo menos oito monges.
Ainda de acordo com os entrevistados, ele assediou moralmente outras 11 pessoas que viviam sob sua autoridade, por meio de humilhações e agressões verbais.
Os crimes sexuais foram cometidos, de acordo com os relatos, pelo menos de 2011 até 2018, quando ele se afastou do mosteiro. As oito vítimas eram homens, com idades entre 20 a 43 anos quando o assédio sexual começou. Já das 11 pessoas que sofreram constrangimentos e agressões verbais, dez eram mulheres.
Em uma dinâmica de abuso de poder, o padre Ernani usava seu lugar de líder espiritual para conquistar a confiança dos integrantes do mosteiro, se colocava como "um pai" com a intenção de envolvê-los pelo lado afetivo e oferecia "sessões de psicanálise" em que as próprias vítimas eram os pacientes.
Relatos dos crimes sexuais atribuídos a Ernani chegaram ao conhecimento da Igreja Católica por meio de investigações internas, mas o padre só foi afastado depois que ele mesmo pediu para sair do mosteiro, em agosto de 2018, alegando "cansaço" e "crise vocacional".
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