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Pai de Henry Borel pede que tecnologia da PF seja usada para extrair dados dos celulares do ex-vereador Jairinho

A defesa de Leniel Borel, pai do menino Henry, morto aos 4 anos, que foram oito tentativas de análise nos seis aparelhos encontrados com o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior

Henry Borel, Leniel Borel e Dr. Jairinho (Foto: Reprodução)

247 - Os advogados de Leniel Borel, pai do menino Henry, morto aos 4 anos em março de 2021, após ser alvo de agressões, entregaram nessa segunda-feira (23) um documento à Justiça pedindo ajuda da Polícia Federal para obter dados dos seis celulares de Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho. O ex-parlamentar e Monique Medeiros, mãe do menino, são réus. De acordo com o portal G1, a defesa lembrou que foram oito tentativas de análise nos seis aparelhos encontrados com o ex-vereador, das quais seis retornaram sem dados e duas não foram possíveis por causa do bloqueio nos aparelhos.

O pai da criança afirmou que, "dos seis celulares que a polícia prendeu com o Jairo, um tinha poucos dados e o outro sofreu um apagão em massa dos dias 8 a 12 de março, dias posteriores à morte do Henry". "É muito estranho o fato dessas conversas não serem recuperadas. Não quero saber se ele falou com político ou gente importante, quero saber o que aconteceu com meu filho naquela noite", disse.

O Instituto de Criminalística Carlos Éboli, do Rio de Janeiro, responsável por esse tipo de análise justificou a falta de dados, ao afirmar que todos os recursos computacionais da unidade foram usados, mas não foi possível retirar ou desativar o bloqueio do usuário e extrair e analisar os dados.

A petição também pediu ao Judiciário a manutenção da legalidade da apreensão dos aparelhos e a extração de dados, que é questionada pela defesa de Jairinho. Advogados de Leniel Borel pediram que todo o material seja encaminhado para a Coordenação Geral de Tecnologia da Informação (CGTI) da Superintendência da Polícia Federal.

"A obtenção desses dados é fundamental, visto que as conversas obtidas do celular da Monique com a babá, por exemplo, mudaram a condução do caso. Queremos saber o que tinha nas conversas do Jairo dos dias 8 a 12 de março, cujo celular principal sofreu um apagão, e os dados não foram recuperados", disse.

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