Pezão sobre morte de jovem por policial: "lamentável"
Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão comentou a ação policial que resultou na morte da jovem Haíssa Vargas Motta, de 22 anos, baleada nas costas por um PM, na Baixada Fluminense; o crime ocorreu na madrugada do dia 2 de agosto do ano passado. Pezão descreveu o episódio como "lamentável"; "Vejo a dor da família, sinto a dor da família. E vejo a dor do pai que perdeu sua filha por uma imperícia, por um erro desse policial", disse; "Eu tenho certeza de que a gente vai melhorar muito a formação do nosso policial, mas isso é um processo", acrescentou
Rio 247 - O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, comentou, na tarde desta segunda-feira (12), a ação policial que resultou na morte da jovem Haíssa Vargas Motta, de 22 anos, baleada nas costas por um policial militar, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. O crime ocorreu na madrugada do dia 2 de agosto do ano passado. Pezão descreveu o episódio como "lamentável".
"Vejo a dor da família, sinto a dor da família. E vejo a dor do pai que perdeu sua filha por uma imperícia, por um erro desse policial. Eu me solidarizo, sei que é uma dor que a pessoa nunca mais esquece", afirmou o governador,
após participar, no hotel Copacabana Palace, de um encontro com líderes empresariais.
Foi divulgado nessa sábado (10), no site da revista Veja, um vídeo com imagens externas e internas da viatura onde estavam os agentes. As câmeras da viatura mostram toda a sequência que culminou com a morte da atendente de telemarketing.
Quando os PMs Márcio José Watterlor Alves e Delviro Anderson Moreira Ferreira perceberam a aproximação do veículo onde Haíssa estava com quatro amigos, um Hyundai HB20, afirmaram ser um "carro daquele branco que tá roubando para c..." e iniciam uma perseguição.
O governador Pezão reconheceu que o ocorrido aponta deficiências na formação dos policias do Rio. "Eu tenho certeza de que a gente vai melhorar muito a formação do nosso policial, mas isso é um processo. Pegamos com um quadro muito difícil na segurança pública. Não vão ser oito anos, 12 anos, 20 anos, que vão apagar os 30, 40 anos de abandono nessa área", disse Pezão.
Um dos PM reconheceu o equívoco. “Não, não justifica, tá. Não justifica ter dado o tiro, tá bom?”, disse. "Nós vamos responder por nosso atos".
Nota da Secretaria de Segurança
A Secretaria estadual de Segurança (Seseg) informou, em nota que "acompanha, por meio da Corregedoria Geral Unificada, o Inquérito Policial Militar instaurado pela PM".
"A Seseg ressalta que os investimentos em tecnologia, como as câmeras embarcadas nas viaturas policiais, viabilizam a transparência das ações policiais seja para legitimar os bons procedimentos, seja para mostrar à sociedade que os profissionais que atuarem em desconformidade com os protocolos serão responsabilizados", diz o texto.
