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PM de Tarcísio não usou câmeras na chacina que matou negros inocentes no Guarujá

Governador Tarcísio de Freitas havia afirmado que as imagens das câmeras utilizadas pelos policiais seriam utilizadas nas investigações

(Foto: Reprodução | SSP)
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247 - A Polícia Militar de São Paulo é obrigada a utilizar câmeras corporais em sua rotina. No entanto, os equipamentos não foram utilizados durante a operação Escudo, no Guarujá, resultou na morte de pelo menos 14 pessoas, sendo a maior chacina executada pela polícia desde o Massacre de Carandiru. De acordo com pessoas vinculadas à investigação, não há registros desses incidentes. O governador Tarcísio de Freitas havia afirmado anteriormente que as imagens das câmeras utilizadas pelos policiais seriam utilizadas nas investigações para apurar a ocorrência de supostos abusos durante a operação.

Diante dessa situação, nesta quarta-feira, o Ministério Público (MP) de São Paulo solicitou à Polícia Militar os vídeos dos agentes que estavam presentes nos locais onde ocorreram as primeiras mortes. Contudo, a resposta oficial do órgão foi que não existem imagens disponíveis, uma vez que os policiais envolvidos nos casos em questão não estavam com as câmeras em uso durante parte do patrulhamento.

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A Operação Escudo foi deflagrada em resposta ao assassinato do soldado Patrick Reis, da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), no dia 27 do último mês, em uma comunidade do Guarujá. Contudo, desde então, tem sido alvo de críticas de organizações da sociedade civil, que alegam possíveis violações de direitos humanos por parte das forças policiais envolvidas. A Ouvidoria das polícias também recebeu denúncias de excessos por parte da corporação.

A adoção de câmeras corporais teve início em São Paulo em 2021, como parte de uma política mais ampla de redução da violência. A Rota foi um dos primeiros batalhões a aderir ao uso das câmeras, e, segundo dados do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo, foram registradas oito mortes no Guarujá entre os dias 28 e 31 de julho durante a operação.

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Em entrevista à Globonews na segunda-feira, o secretário de Segurança Guilherme Derrite afirmou que as imagens das câmeras corporais estão à disposição da Justiça. "Assim que o Poder Judiciário requisitar as imagens, tenho certeza de que elas vão estar à disposição do Poder Judiciário e, eventualmente, do Ministério Público. Até porque isso pode fazer parte do processo-crime. Toda ocorrência que resulta em confronto, eventualmente em lesão corporal e morte em decorrência do enfrentamento, essas imagens podem ser utilizadas durante o processo", afirmou Derrite.

Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a adoção das câmeras mostrou resultados positivos na redução da letalidade provocada por policiais em serviço, com os batalhões que as utilizam apresentando uma redução de 76,2% nos casos de mortes causadas por policiais militares entre 2019 e 2022, em comparação com uma queda de 33,3% nos demais batalhões. Além disso, o número de adolescentes mortos em intervenções de policiais militares em serviço caiu 66,7%, de 102 vítimas em 2019 para 34 em 2022. (*Com informações do Globo)

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