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PM faz remoção violenta de famílias em acampamento de refugiados no Rio (vídeo)

Cerca de 2 mil famílias foram despejadas de um terreno abandonado há anos pela Petrobrás no município de Itaguaí (RJ). Policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água sobre as famílias. Também houve incêndio

Ação de despejo em Itaguaí (RJ) (Foto: Reprodução)
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247 - A Polícia Militar do estado do Rio de Janeiro fez uma ação violenta de reintegração de posse no município de Itaguaí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Cerca de 2 mil famílias foram despejadas na manhã desta quinta-feira (1) de um terreno abandonado há anos pela Petrobrás. Policiais lançaram bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água sobre as famílias. Barracas de lonas foram incendiadas, enquanto mulheres e crianças gritavam, implorando para que não fossem despejados. 

A ocupação "Campo de Refugiados Primeiro de Maio" abrigava mulheres e homens desempregados, crianças e idosos sem teto, que foram retirados à força do local.

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Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) repudiou a ação da PM. "Cenas que revoltam e que deveriam envergonhar os gestores da Petrobrás. O terreno, ocupado pelas famílias no dia primeiro de maio deste ano, foi doado pela prefeitura de Itaguaí à empresa para construção do Comperj, que acabou sendo instalado em Itaboraí. Ou seja, o terreno está abandonado há cerca de dez anos".

De acordo com o presidente da FUP, Deyvid Bacelar, "essa ocupação é o retrato do que estamos vivendo hoje no país, com recordes de desempregados e a miséria e a fome avançando". "A solidariedade precisa ser cada vez mais fortalecida e, nós petroleiros, continuaremos fazendo a nossa parte para levar comida para os brasileiros e brasileiras que estão nesta situação", disse.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou no começo de mês a suspensão por seis meses de ordens ou medidas de desocupação de áreas que já estavam habitadas antes de 20 de março do ano passado, quando foi aprovado o estado de calamidade pública por causa da pandemia. O terreno em Itaguaí foi ocupado no início de maio.

Em entrevista ao portal G1, o comandante do Batalhão de Choque, tenente-coronel Vinícius Carvalho, afirmou que a ação foi pautada em técnicas para minimizar este tipo de efeito colateral.

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"No momento da ruptura do portão, cerca de 50 pessoas usaram pallets e ficaram abaixados atrás deles. Dentro da doutrina segura de emprego, este tipo de munição é usado abaixo da linha da cintura. Então nós efetuamos os disparos abaixo da linha da cintura. Mas se uma pessoa estiver deitada no chão ou abaixada pode pegar no rosto de uma pessoa", disse.

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