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Sudeste

PMDB faz Rio-Capital perder dimensão política

O Estado do Rio tem sido, nos últimos anos, a capital da política de clientela do PMDB no Brasil

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O Estado do Rio tem sido, nos últimos anos, a capital da política de clientela do PMDB no Brasil. Não é de hoje, e a Assembleia Legislativa tem sido -nesse sentido- um paradigma. Mas esse nanismo político não havia chegado à capital até 2008. Chegou! Rio, que foi capital do país por 200 anos, onde a disputa política tinha a atenção nacional, agora se condominiza e o PMDB quer transformar o prefeito da cidade em um síndico.

Quer, mas nem isso consegue, do ponto de vista administrativo. Passou a ser o coordenador de uma grande comissão de licitação. Mas conseguiu que fosse um síndico -e ausente- do ponto de vista político. A ausência do prefeito do PMDB da capital dos comerciais e do programa nacional do PMDB é retrato disso. Total ausência dos temas de interesse nacional com repercussão regional.

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Nestes três anos e quase três meses, nunca se viu o prefeito -no Rio, em Brasília, ou em qualquer Estado- tratando de nada. A gratidão ao governador por tê-lo transferido do PSDB e o ter elegido na capital pelo PMDB é bem traduzida num beija mão registrado nos jornais. Não tem nada a dizer sobre reforma política, reforma tributaria, código florestal, nem sobre Rio + 20, onde se imagina um mero mordomo da festa. Nem artigo escreve para jornais ou blogs.

Essa vocação do PMDB, do poder como clientela, afastou o partido do poder nos Estados e Captais do sul e do sudeste. O Estado do Rio e o Rio são exceções à regra. E pelas razões. Os prefeitos do Rio e de SP, que historicamente frequentavam o andar de cima da política nacional, agora apenas o da cidade de SP frequenta.

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O Rio-Capital perde, a cada dia mais, centralidades política e cultural. Os grandes eventos de que se jacta foram conquistados antes do marasmo político atual. A decisão do COI, de 2009, com projeto entregue em 2008, foi simples arrastre do ano anterior. Por sorte antes, pois a perda de dimensão política atual os inviabilizaria.

Esse tema -a dimensão política- está sempre presente no imaginário do carioca, e a frustração presente o colocará no proscênio do debate em 2012, para que o Rio supere essa letargia e mediocridade políticas, e saia do beija mão e volte à altivez de quem representa a cidade brasileira que foi a razão da independência, da identidade e da unidade nacionais.

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* Economista; ex-prefeito do Rio de Janeiro - cesar.maia@terra.com.br

 

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